Ciclismo do Minho exige reconhecimento para as modalidades

O Presidente da Associação de Ciclismo do Minho (ACM), José Luís Ribeiro, acusa o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de não atribuir um tratamento igual às modalidades e aos feitos desportivos portugueses. José Luís Ribeiro dirigiu uma missiva ao chefe de Estado perguntando se “vai persistir no tratamento diferenciado das modalidades desportivas”.

A crítica surge depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter recebido a Seleção Nacional de Futsal e anunciado que agraciará os seus elementos com as insígnias de Ordem do Mérito. À RUM, José Luís Ribeiro sublinhou que não está em causa o mérito da selecção de futsal, mas sim o tratamento diferenciado.


“Há muita celeridade para receber as selecções e futebol e futsal, neste caso. Obviamente, não está em causa, minimamente, o mérito das esquipas. O que reclamamos é um tratamento igual para as restantes modalidades e não só para o ciclismo”, resumiu.

O responsável dá mesmo o exemplo do ciclista português Tiago Ferreira (Campeão da Europa de BTT Maratonas em 2017 e Campeão do Mundo de BTT Maratonas em 2016). Segundo José Luís Ribeiro, o Presidente da República, “apesar de ter sido alertado, não recebeu nem condecorou o atleta, assim como não fez em relação ao treinador ou aos dirigentes do ciclismo, da mesma forma que fez com o futebol”, criticou.

O presidente da ACM diz não compreender as razões para o tratamento diferenciado.”Em vez de fazer essa a apreciação, que ficará na consciência de quem tem esse tipo de atitudes, gostaria que fosse corrigida esta atitude em relação a todas as modalidades”. “Não há portugueses de primeira nem portugueses de segunda, ou pelo menos não devia haver”, resumiu,


José Luís Ribeiro admite que este tipo de comportamento não é exclusivo de Marcelo Rebelo de Sousa e “o próprio jornalismo é disso uma evidência”. Ainda assim, no caso do Presidente da República, é-lhe incubido o dever de “cumprir, defender e fazer cumprir a Constituição, onde o direito à igualdade está consagrado”, lembra. 


O responsável dá ainda o exemplo de Aníbal Cavaco Silva, anterior Presidente da República, que procedeu da mesma forma, garante. “Foi muito célere a atribuir a distinção à equipa de futebol de praia portuguesa, que conquistou um título internacional. Em 4 meses, as distinções foram entregues. Mas, por exemplo, o ciclista português Rui Costa venceu no dia 29 de setembro 2013 o Campeonato do Mundo de Ciclismo de Estrada mas – depois de muitas pressões nesse sentido – só vinte meses depois é que foi distinguido”, criticou. 


 José Luís Ribeiro lamentou que tenham sido ignorados, ao contrário do que aconteceu com o futebol, os atletas Tiago Machado e André Cardoso, o selecionador nacional, José Poeira, técnicos e dirigentes da Seleção Nacional de ciclismo e o próprio Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, que contribuíram para a conquista do Campeonato do Mundo pelo português Rui Costa.


Áudio:

O Presidente da Associação de Ciclismo do Minho, José Luís Ribeiro, pede o mesmo tratamento para atletas das modalidades

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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