Clientes da CGD de Celeirós desafiados a fechar contas

A União de freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro promete lutar contra o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos de Celeirós, mas avisa que caso se concretize o fecho daquele balcão vai retirar a sua conta do banco público e desafiar os restantes clientes a fazer o mesmo.

Esta quinta-feira, durante uma acção de contestação promovida pelo PCP à entrada da CGD de Celeirós, a secretária da União de Freguesias, Cristina Lago, voltou a insistir que aquela autarquia não foi notificada, nem enquanto instituição, nem enquanto cliente, da intenção da CGD em encerrar aquele balcão já no final deste mês.

Em declarações aos jornalistas, a autarca referiu que o encerramento “vai prejudicar todos os residentes na união de freguesias e nas freguesias vizinhas”. Com muitos reformados que se deslocam a pé para aquele balcão, Cristina Lago lembra que não existe uma linha dos TUB directa para a Caixa mais próxima (Maximinos) e que ninguém assumirá esse encargo por aqueles habitantes.

Cristina Lago lembrou que nestas situações não importa a cor política, mas sim a união de todas as forças políticas e dos habitantes na defesa do balcão da Caixa Geral de Depósitos de Celeirós. “A partir do momento em que a Caixa encerrar aqui em Celeirós, a União de Freguesias vai encerrar a conta na CGD e vai aconselhar a população a fazer o mesmo porque isto é uma atitude impensável. Não fomos informados de nada, não nos pediram colaboração para tentarmos arranjar uma solução”, explicou aquela responsável. “Estamos extremamente aborrecidos, a CGD não considerou que temos um tecido empresarial muito forte que também é cliente da Caixa, entidade que não está a cumprir o serviço público”, acrescentou.


Recorde-se que no concelho de Braga está previsto o encerramento de mais dois balcões: Nogueira e S. Vicente. A situação é condenada pelo PCP. Ao início da tarde, o vereador da CDU na Câmara Municipal de Braga, Carlos Almeida, anunciou que na próxima segunda-feira irá apresentar a votação “um texto comum de repúdio a esta estratégia e de recomendação para que se mantenham em funcionamento as três agências que estão em causa”.


Confrontado pela RUM com o facto de Ricardo Rio ter admitido que a autarquia nada pode fazer para barrar uma decisão da administração do banco público, o vereador comunista discordou dessa opinião. “Trata-se de uma decisão política. Se o presidente da Câmara se associar a este protesto, provavelmente tem um impacto político muito mais forte junto da administração central”, defendeu.

Segundo o que a RUM conseguiu apurar, os funcionários destes balcões já foram informados dos locais para onde serão deslocados depois do encerramento.

Recorde-se que a acção do PCP de Braga se segue a outra acção já realizada naquele local pelo deputado do Bloco de Esquerda eleito por Braga. Esta sexta-feira, Pedro Soares estará no balcão da CGD de S. Vicente, a partir das 17h30, no sentido de reunir assinaturas contra o encerramento daqueles espaços.

Áudio:

União de Freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro e vereador da CDU na Câmara de Braga

Elsa Moura
Elsa Moura

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