CMB “está preocupada” em reduzir trânsito automóvel

Ricardo Rio afirma que a Câmara Municipal de Braga (CMB) está preocupada em reduzir o trânsito automóvel e à procura de soluções. Confrontado pela RUM a propósito dos dados do relatório de trânsito mundial da TomTom, que revelam que em Braga os condutores passam em média 21 minutos por dia no trânsito, o autarca reconhece um agravamento do tráfego na cidade.

Começando por considerar que “estes números enquanto valor absoluto são difíceis de avaliar, em termos comparativos com o passado eles revelaram um agravamento porque as pessoas estão a passar mais tempo no trânsito do que no passado, quando as infraestruturas são as mesmas”. 

“Isto é para a CMB motivo de preocupação, porque a dimensão da mobilidade é uma questão crucial para a qualidade de vida”, sustenta o autarca que, apesar disso, reforça que Braga “está melhor que outros concelhos”.

Ricardo Rio reconhece que é “crucial diminuir a carga automóvel na cidade” e que a solução “passa em primeira instância pelo estímulo à utilização dos transportes públicos”. Nesta matéria e a propósito da oferta dos Transportes Urbanos de Braga, o autarca diz que os bracarenses são os utilizadores de transportes públicos mais satisfeitos do país, segundo um estudo recente da DECO e que esse índice de satisfação “resulta de uma oferta que tem sido substancialmente reforçada nos anos mais recentes”. No entanto, não esconde, “há um défice de infraestruturas porque a cidade não foi desenhada nem evoluiu nos últimos anos para viabilizar e priorizar os transportes públicos”. O autarca assume também que os Transportes Urbanos de Braga (TUB) ainda carecem de uma maior renovação da sua frota.

A construção de um metro que atravesse a cidade à semelhança de cidades como Porto e Lisboa é uma solução “altamente improvável” em Braga. “Não há um espaço canal e a realidade arqueológica no concelho de Braga cria obstáculos a um projecto dessa natureza”, salienta. Por isso, o BRT pode ser uma das soluções, mas “através de canais prioritários e não para toda a malha urbana”.