CMB: PS e CDU opõem-se a relatórios de 2017

Foi aprovado com o voto contra dos vereadores do PS e da CDU o relatório de actividades e o relatório de gestão e contas da Câmara Municipal de Braga relativos a 2017.

Para os socialistas, os planos em questão revelam uma “precariedade e uma “pobreza” que “envergonha os bracarenses”. No final da reunião de câmara, o vereador do PS, Miguel Corais referiu que 2017 foi “o ano zero” da maioria de Ricardo Rio à frente dos destinos do município “porque as grandes bandeiras” não se cumpriram. Corais recordou o Complexo das Sete Fontes, “um processo que está mais atrasado do que estava em 2013. A Câmara esqueceu-se completamente e lembrou em Junho de 2017 de fazer um número de acção de campanha”. 

Os socialistas recordaram ainda a “não manutenção das vias rodoviárias do concelho”. Na opinião do vereador socialista, Ricardo Rio tem um entendimento diferente de requalificação. “Requalificar é construir supermercados. Requalificar a antiga Confiança é alargar um centro comercial. A própria questão do S. Geraldo, muito perto das eleições houve uma mudança radical de decisão e aí claramente se percebe, porque era o ano zero deste executivo”, defendeu.

O vereador da CDU também chumbou os relatórios de 2017. Carlos Almeida sublinha o peso das receitas fiscais e insiste que os documentos reflectem prioridades invertidas do município. “O peso das receitas fiscais continua a crescer. É uma carga excessiva imposta às famílias, disse Carlos Almeida.

Ricardo Rio, por sua vez, referiu a palavra “continuidade”, mas diferente da visão dos vereadores da oposição. “Foi um ano que deu continuidade a um ciclo de realizações muito importantes em vários domínios da política municipal em correspondência com o que são as nossas prioridades e os nossos compromissos com os bracarenses”, reiterou. O autarca assinalou a dinamização económica, o desenvolvimento cultural, novas respostas e políticas sociais, salvaguarda do património, valorização ambiental do concelho e relação institucional com a universidade e as autarquias locais. Por isso, Rio sustenta que “os resultados são visíveis e estão quantificados”.