CMB quer vender antiga fábrica Confiança por 4 milhões

A câmara de Braga vai colocar à venda a antiga fábrica ‘Confiança’ por 4 milhões de euros. Em declarações à Lusa, Ricardo Rio, presidente do município bracarense, disse que o caderno de encargos do negócio “salvaguarda o princípio da valorização do património arquitetónico”.

O autarca, que já tinha anunciado, ainda em 2017, que a alienação era “uma opção viável”, confirma agora esta decisão, ao dizer que, face recursos actuais da autarquia, não é possível requalificar este espaço. “Temos ainda outras prioridades em projetos em curso o que condenaria a fábrica a ficar degradada e vazia nos próximos anos e entendemos que para cumprir o objetivo central par aquele espaço, a regeneração de toda aquela zona, pode ser um privado a fazê-lo”, explicou.

Contudo, a venda estará sujeita a “algumas especificidades” uma vez que, garantiu Ricardo Rio, “a Câmara não vai aceitar que seja feita a qualquer custo”.

“Têm que ser salvaguardados princípios como a valorização do património arquitetónico dos edifícios, questões como as fachadas, a recuperação da chaminé, da volumetria, a questão da preservação da memória da fábrica, com a obrigação de garantir um espaço expositivo, neste caso 500 metros quadrados, para futura elaboração de um centro museológico ligado à memória da fábrica e da indústria”, enumerou. Questionado sobre se há interessados no negócio, Ricardo Rio assegurou que sim.

Bloco de Esquerda de Braga já reagiu

A Comissão Concelhia de Braga e os deputados municipais do Bloco de Esquerda já se manifestaram em relação ao assunto. O BE bracarense discorda com a alienação e considera que a venda da Saboaria Confiança compromete a própria candidatura a capital europeia da cultura de Braga.

“Os deputados municipais do BE afirmam que não há justificação para que o atual presidente da Câmara para a mudança de opinião enquanto vereador da oposição, a favor da aquisição, e desde que assumiu o cargo de presidente há dois mandatos, a favor da alienação. Se o argumento é o da escassez financeira, o edil deve poupar nas festas e festarolas e noutros eventos e obras megalómanas, travar a ruína do edifício e insistir nos apoios europeus”, pode ler-se em comunicado.

Redação
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