CMB usa Confiança como armazém de materiais de construção

A antiga fábrica Confiança está a ser utilizada pelo município de Braga como armazém de materiais de construção. A situação já foi confirmada pelo presidente do executivo bracarense que alegou motivos financeiros e de espaço para justificar esta opção.
O desejo do município bracarense é o de criar um estaleiro com as condições necessárias para os trabalhadores e um espaço adequado para o armazenamento, mas o plano ainda não foi concretizado. Agora, depois de deixar de utilizar o estaleiro em Nogueira e com o de Dume em reformulação, Ricardo Rio afirmou que “tendo um edifício devoluto que tem capacidade de acomodar provisoriamente estes materiais, o município entendeu que deveria utilizar a fábrica neste sentido”. Ricardo Rio sublinhou que a situação “não é definitiva”, mas que “aproveita o espaço e capacidade de armazenamento da Confiança e permite ao município poupar recursos que estariam alocados ao aluguer de outros espaços”.
Recorde-se a ideia do município é o de criar um novo estaleiro na cidade, mas para já esta é a solução possível. “Desde a primeira hora entendemos que deveríamos estudar a possibilidade de criar um estaleiro de raiz, não só para acomodar os colaboradores e serviços, mas para gerir melhor os espaços onde se alocam estes materiais”, sublinhou o presidente que frisou que a Câmara está, ao mesmo tempo, “a qualificar o estaleiro de Dume que do ponto de vista humano e de serviços está melhor do que há uns anos”.
Sobre a antiga fábrica Confiança, Ricardo Rio admitiu que continua à espera do melhor momento para definir o futuro deste espaço. “A Confiança não tem uma linha de financiamento que permita a sua reabilitação. O município tem, neste momento, todas as possibilidades em cima da mesa, quer seja a de aguardar para melhores dias a requalificação do espaço (dependentes da abertura de linhas de apoio comunitário), quer a sua alienação que é uma possibilidade que nunca foi descurada”.
Ricardo Rio garantiu que as propostas de ocupação do espaço continuam a chegar ao município, especificando que “algumas delas foram com vista a uma ocupação comercial”, mas avançou que, nos últimos dias, o município “recebeu uma proposta de instalação de uma valência residencial” para o local. “Desde que os valores superem aqueles que o município despendeu na aquisição da fábrica, naturalmente que a Câmara equacionará a possibilidade de alienação”, confirmou Ricardo Rio.
Carlos Almeida considera a situação “inacreditável”
Esta foi uma situação dada a conhecer pela CDU que, pela voz de Carlos Almeida, considerou “inacreditável” a situação verificada. O vereador comunista e candidato à Câmara Municipal afirmou que “este é um mau sinal que é dado e que representa uma desvalorização do imóvel”.
“Parece que Ricardo Rio está a fazer de tudo para que o imóvel seja alienado”, frisou Almeida que disse que “não há a desculpa de que o município tem falta de espaço”, uma vez que “foi a própria câmara que optou que assim fosse quando decidiu livrar-se no estaleiro de Nogueira e assim concentrar tudo no estaleiro de Dume”.
“Nem que seja provisório, é um sinal político que é dado de desvalorização e desinteresse que a cidade escolheu para ter outra finalidade e que, na realidade, está abandonado”, concretizou Carlos Almeida.
