CMB vai concessionar terreno para construção de ginásio

A Câmara Municipal de Braga aprovou a construção de um complexo desportivo na Quinta dos Congregados. Esta foi uma decisão muito contestada pela oposição bracarense, na reunião de câmara desta segunda-feira, 26 de Novembro. Os vereadores do PS e CDU questionaram Ricardo Rio sobre a legalidade do processo. Segundo a proposta, o município de Braga propõe-se a concessionar o terreno por 40 anos a troco de 700 mil euros em obras em equipamentos desportivos municipais do concelho.

O vereador da CDU, Carlos Almeida, considerou que “não faz qualquer sentido que o executivo ceda um espaço público para a construção e exploração de actividade privada”. Trata-se de um ginásio com piscina, sauna e spa, serviços que, segundo a autarquia, “estão em falta” na cidade de Braga. Ora, na opinião da CDU, não pode ser o município “o promotor” do negócio, levantando questões relacionadas com a “legalidade do processo”.


Carlos Almeida pediu a Ricardo Rio que esclarecesse melhor a situação, até porque em causa poderá estar também o direito da concorrência. “Se a autarquia quer recuperar alguma infra-estrutura tem de colocar em concurso público o desenvolvimento dessa empreitada”, lembrou.


Também os socialistas deixaram duras críticas à postura de Ricardo Rio.  Artur Feio acusou o autarca de “promover o património do município em vez de se preocupar em ser presidente da Câmara”. O vereador defende que a Quinta dos Congregados, “zona com grande densidade de construção”, deveria acolher um espaço verde, recordando que “há poucos meses o executivo votou uma requalificação na Quinta de São José”, espaço que fica relativamente perto do terreno agora em discussão. 


Quanto à premissa de que a cidade dos arcebispos não conta com piscinas suficientes para dar resposta à procura, Artur Feio recua no tempo e garante não entender a justificação já que “há uns anos o PS construiu piscinas e foi acusado por essa acção, porque não seriam necessárias, mas parece que na verdade faziam falta”, ironizou.


Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio informou que o município recebeu várias propostas de entidades estrangeiras interessadas no local. De acordo com o edil, este é um modelo que foi “importado de cidades como Lisboa, Coimbra e Setúbal” e defende que será uma mais valia, quer do ponto de vista do enquadramento, quer a nível financeiro, sendo que passados 40 anos o equipamento reverte para a autarquia.


Para o edil “não deve ser o município a assumir investimentos nesta área, deve ser o mercado a dar resposta a essa necessidade”. 

Áudio:

Pontos de vista dos intervenientes no final da reunião do executivo desta segunda-feira.

Vanessa Batista
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