CMG aprova intervenção urbanística no monte cavalinho

Se nenhum privado investir, a autarquia vimaranense poderá adquirir os terrenos do Cavalinho, na encosta de Vila Flor, junto à Estação de Comboios de Guimarães. Esta quinta-feira, em reunião de Câmara, foi aprovada, por unanimidade, a intervenção urbanística no local.

Para o terreno estava previsto um loteamento com cerca de 10 hectares. A base de licitação para o espaço, pertencente à massa falida da insolvente empresa Investimento Certo, Ldª, no último leilão, era de 2,5 milhões de euros. O objectivo da autarquia é garantir estacionamento junto à estação ferroviária, a construção de uma via de ligação a Urgezes e a protecção paisagística de uma das “entradas” da cidade.


Ainda assim, o Município poderá nem intervir no processo se um privado assumir o compromisso existente para o local, disse Domingos Bragança. “O que é certo é que esta encosta de Vila Flor, que vai desde a estacão de caminhos-de-ferro ao monte cavalinho, é uma área que queremos proteger com uma intervenção urbanística de qualidade. Se for necessária aquisição, a Câmara adquire. Se houver no processo um privado que se obrigue às condições urbanistas que a Câmara impõe para um dos locais mais importantes da cidade, também está tudo bem”, assegurou.


A intervenção prende-se com quatro obrjectivos, nomeadamente “a construção de um parque de estacionamento de apoio à Estação Ferroviária, compreendendo uma valência intermodal que permita a ligação entre transporte ferroviário e rodoviário à cidade; a construção de uma via estruturante de ligação entre a cidade e a zona de Urgezes que promova o descongestionamento de um eixo importante de acesso à cidade; a preservação do património natural e paisagístico e a construção com uma densidade moderada com a consolidação de uma imagem da cidade coerente e sustentável”, pode ler-se na proposta. 


Além destes pontos, caso a autarquia adquira os terrenos, a construção de habitação um ponto central de utilização será a renda acessível.


Ainda que tenha sido aprovada por unanimidade, a proposta mereceu alguns apontamentos da oposição. André Coelho Lima, do PSD, frisou que a proposta vai de encontro com tudo o que foi defendido pela coligação Juntos por Guimarães ao longo dos últimos anos. “Sempre defendemos que cidade deve ter uma estratégia de desenvolvimento. É isto que distingue a nossa ideia de cidade daquela que tem sido a do Partido Socialista”, referiu.


Da oposição Juntos por Guimarães, o vereador centrista António Monteiro de Castro defendeu que a autarquia deveria optar pela concessão a privados. “Estamos de acordo com os objectivos de intervenção. O município deve ser interventivo na política de solos, o que não significa que tem que comprar todos os terrenos, mas sim elaborar de planos em que a Câmara, como entidade que licencia, dizer ao promotor imobiliário aquilo que quer que se faça no local”.


A proposta de intervenção urbanística está pendente ainda de aprovação na Assembleia municipal. Ficará dessa forma em aberto a possibilidade de o Município adquirir terrenos no monte de Cavalinho, junto à Estação ferroviária.

O terreno do monte tem um loteamento aprovado em 2001, cuja licença foi declarada caducada em 2013.

Áudio:

Autarca Domingos Bragança os objectivos da intervenção.

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv