CMG: Fundos comunitários ajudam às boas contas

O presidente da Câmara de Guimarães Domingos Bragança foi interpelado esta manhã, em reunião de executivo, pelos vereadores da oposição quanto à demora no arranque de algumas obras no concelho. Na resposta, o autarca serviu-se das finanças e apontou que o arrasto na requalificação das empreitadas está muitas vezes relacionado com candidaturas a fundos comunitários.

Os fundos comunitários, continuou o autarca, ajudam a estabilizar as contas do município: segundo Domingos Bragança, a dívida da Câmara Municipal cifrava-se, em 2013 – época em que o antigo vereador chegou à presidência – em 70 milhões de euros e agora está nos 40 milhões.

Como exemplo, apontou o projecto do teatro Jordão. “Foi bom termos atrasado a obra, o projecto foi reformulado, depois foi a concurso, tínhamos alguns fundos alocados, mas a demora caiu depois no momento certo do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano e 70% dessa obra, que é de grande dimensão, é financiada pelos fundos europeus. É esse o nosso segredo para as finanças saudáveis: às vezes digo para não terem pressa nas obras porque temos de esperar pelos fundos financeiros para as fazermos”.

Câmara vai contrair empréstimo de 10 milhões de euros

Apesar de a dívida estar a baixar, Domingos Bragança admitiu que o município, entre este ou o próximo ano, vai contrair um empréstimo de 10 milhões de euros. O propósito é o de requalificar as “vias municipais” e especificou um projecto de arruamento na freguesia de Aldão.

“O projecto inicial era o de uma pavimentação mas hoje [presidente de Junta e habitantes] já não querem só isso: querem uma avenida, com passeios, arborização, mobiliário urbano e iluminação”, afirmou o autarca, esclarecendo que “o projecto já estava feito em 2015” e salvaguardou que “quem quer alterá-lo tem também aceitar o diferimento, em muito, da sua execução”.