Como colocar Guimarães no mapa do turismo mundial?

A Câmara Municipal de Guimarães está apostada em assumir a identidade do território no sentido de garantir um papel decisivo para o seu desenvolvimento. A concretização pode estar nas mãos da Bloom Consulting e à distância de 12 meses. Definir o posicionamento de Guimarães no mapa do turismo mundial é, para já, tarefa complicada para a consultora especializada em “Country”, “Region” e “City Branding”. Conceber um conceito que não coloque em causa o actual perfil turístico de Guimarães, que integre igualmente o conceito de sustentabilidade ambiental é processo que deve ficar concluído pela altura do verão de 2019.
O estudo para definir a estratégia da marca Guimarães arranca hoje, sendo que ao longo de um ano vai passar por diferentes fases: digital demand (desenvolver um relatório sobre a presença online da marca); análise (tomar conhecimento das percepções que existem sobre a marca); estratégia (criação de projectos e programas a implementar); gestão (assegurar que a estratégia assegura os resultados pretendidos). Foi através desta linha de pensamento que a Bloom Consulting trabalhou a presença online de marcas como Bruxelas, Estocolmo e Miami.
Olhar para Guimarães através de um ecrã de smartphone, ler e perceber que o concelho é cultura, história, ambiente e pessoas. É desta forma que Domingos Bragança quer ver o município nas plataformas digitais.
“Queremos que pessoas no Japão, na Indonésia e em todo o mundo fiquem a saber mais sobre nós através da internet e que fiquem com vontade de vir cá passar umas férias”. O que temos para oferecer? “Tanta coisa. Primeiro, a autenticidade é a nossa marca identitária. Temos as nossas gentes, a cultura, a história, Taipas, Citânia de Briteiros”, enumera.
Na hora de pesquisar online sobre Guimarães, os cibernautas não procuram a Taipas Termal, o Castelo de Guimarães ou a Citânia de Briteiros. Num estudo preliminar efectuado pela Bloom Consulting, os dados indicam que os temas mais procurados dizem respeito a hotéis, restaurantes e só depois o que visitar no concelho. Em 2017, Airbnb foi a palavra que os interessados em conhecer Guimarães mais escreveram no motor de busca.
E qual a nacionalidade dos que procuram Guimarães na internet? 67% são portugueses, 15% espanhóis, 4% françeses e 1% alemães. Ainda assim, no ranking de municípios mais pesquisados em Portugal, a cidade-berço ocupa o 12º posto, dois lugares atrás de Braga, com Lisboa, Porto e Albufeira a ocuparem o pódio.
“Números não estão maus”, mas para o director-geral da Bloom Consulting, Filipe Roquette “podem melhorar”. Como? “Criando uma estratégia sólida, fundamentada e eficiente para o destino”. E não estamos a falar do recurso a logótipos ou a slogans, até porque, como diz, “quem é que se lembra dos slogans e logos das cidades?”. O trabalho passa por identificar a ideia que Guimarães quer passar para o exterior e criar uma mensagem composta por palavras fiéis àquilo que os turistas vão encontrar quando colocarem o pé em solo vimaranense.
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