Confiança. A nova “frente de batalha” da ASPA

A poucas semanas da hasta pública para a alienação da Fábrica Confiança, a ASPA avisa que não está de braços cruzados perante a “nova frente de batalha” que surgiu pela mão do actual executivo municipal.
Em declarações à RUM à margem da inauguração da exposição “40 anos de luta” na Universidade do Minho, Henrique Barreto Nunes, da direcção da ASPA considera que a situação actual é “absurda e inacreditável”. Segundo aquele dirigente, a Associação está a estudar “algumas posições públicas” e a aguardar pela visita da Delegação da Assembleia da República. Ao longo das últimas semanas têm surgido várias personalidades a associarem-se à defesa da antiga fábrica nas mãos do município de Braga. Henrique Barreto Nunes refere mesmo que a intenção de alienação é “uma autêntica tentativa de assassinato do que resta da Confiança”. “Não é classificando três paredes e, absurdamente, a memória de uma chaminé que se consegue preservar um espaço que deu trabalho a tantas gerações de bracarenses e que é um símbolo da cidade e do perfume bom que espalhou por este país fora”, acrescenta.
Aliás, Henrique Barreto Nunes assume que esta é “uma batalha absolutamente inesperada” tendo em conta todo o processo que contou até com Ricardo Rio, actual presidente do município de Braga. “Esperava-se que a Confiança constituísse uma nova centralidade da cidade, um pólo cultural importante para além de preservar a memória da Confiança e que servisse até para aproximar a cidade da Universidade, que está dividida pelo «muro de Berlim que é a Rodovia» que divide a cidade da Universidade do Minho”, disse.
Recorde-se que a hasta pública da antiga Fábrica Confiança está agendada para 20 de Novembro, às 10h00 no gnration. A base de licitação é de 3.8 milhões de euros.
Áudio:
ASPA avisa que vai à luta e lamenta situação actual
