Corpo docente em Direito marca discurso dos 24 anos

Os discursos por ocasião de aniversários das escolas são sempre momentos em que se levantam as principais preocupações e fragilidades de cada instituição, e, esta sexta-feira, o dia da Escola de Direito da Universidade do Minho não foi excepção. Com uma nova equipa reitoral, a presidente da escola aproveitou para sublinhar as fragilidades actuais da Escola com destaque para a necessidade de reforçar o corpo docente.

Segundo as contas da presidente Maria Clara Calheiros, o corpo docente permanente “deveria idealmente ser constituído por 45 docentes”. Assumindo que “é uma meta muito ambiciosa” e que a Universidade do Minho não terá capacidade “para atingir esses números”, a presidente da escola espera chegar a um consenso nos próximos meses. Actualmente são apenas 34 aqueles que compõe o corpo docente daquela escola.

Maria Clara Calheiros referiu que a autorização de concursos de professor auxiliar “é um primeiro passo muito positivo mas não é o suficiente”. Reconhecendo que este é um problema generalizado, a presidente da Escola de Direito afirma que o corpo docente “está levado ao limite do ponto de vista da sua sobrecarga de trabalho”.

A celebrar o 24º aniversário, o corpo docente da Escola de Direito tem uma média de idades “relativamente jovem, na ordem dos 40 anos”, no entanto, “fruto da crise actual, de há uns anos a esta parte o corpo docente atingiu um ponto de estagnação e depois começou a diminuir”, explicou. “Temos tido ao longo dos últimos anos saídas, é a lei da vida e é sempre necessário que as instituições assegurem a sua renovação”, acrescentou.

Escola de Direito com novidades em 2018

Um discurso de pedidos, mas também de balanço de um ano “muito positivo” e de “consolidação de actividades” e estabelecimento de parcerias.

Maria Clara Calheiros anunciou também algumas novidades para 2018 como a oferta de uma pós-graduação em criminologia, a abertura de um Centro de Arbitragem e Mediação de Conflitos e uma nova revista electrónica. A aposta na investigação, na interacção com a sociedade e internacionalização irá também continuar no próximo ano.

Reitor Rui Vieira de Castro sensibilizado com situação da Escola de Direito


O novo Reitor da Universidade do Minho lembrou que as reivindicações da Escola de Direito são semelhantes às das restantes escolas, mas assume que se trata de uma escola que “está em défice de docentes face ao número de estudantes e por isso constituirá uma preocupação prioritária”.

Na próxima semana a nova equipa reitoral inicia as visitas às escolas e instituições da Universidade do Minho. Um roteiro “enquadrado” na promessa de “assegurar uma maior proximidade com as escolas” e onde este problema será certamente levantado por outras áreas do conhecimento na insituição minhota.

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Elsa Moura
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