Deputados aprovam modelo de financiamento para renovação da frota

A Assembeia Municipal viabilizou o procedimento de financiamento bancário para a aquisição de novos autocarros por parte dos Transportes Urbanos de Braga (TUB). Em relação a esta proposta, na sessão que se realizou esta sexta-feira no Altice Forum Braga, houve 11 abstenções da CDU e do BE e 11 votos contra do PS.
A empresa municipal vai concorrer a um financiamento bancário de 10 milhões de euros. Desse valor, os TUB vão utilizar 6,4 milhões para a substituição de 32 autocarros, sendo o restante pago pelo Programa Operacional para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) – o custo total da renovação é semelhante ao valor que foi solicitado pela empresa.
Assim sendo, do dinheiro que vão receber, os TUB ficarão ainda com 3,6 milhões, que corresponde à parcela gasta pelo POSEUR. A CDU, através de Marcos Couto, contesta esta situação, dizendo que a entidade municipal “necessitaria apenas de um empréstimo no valor que vai ser gasto na aquisição de autocarros”.
Em resposta, João Granja, deputado do PSD, explica que os fundos sobrantes vão ser utilizados para “questões de tesouraria”, de forma a “estabilizar a dívida”. “Se a empresa tivesse os dez milhões em caixa para pagar os autocarros, essa opção poderia colocar-se, mas não é isso que se passa”, refere.
A renovação dos autocarros consiste na substituição de sete autocarros eléctricos e 25 movidos a gás. Tal como o vereador Artur Feio tinha defendido em reunião de câmara, no dia 7 de Outubro, Pedro Sousa, também do PS, considera que a “distribuição deveria pender mais para os eléctricos” devido às “questões ambientais” e não do modo como vai acontecer.
Fazendo uma simulação dos custos que acarretariam ao cofres da autarquia uma solução 100% eléctrica, o socialista refere que haveria um aumento de 1,1 milhões de euros”. “Achamos que esta diferença não é significativa”, acrescenta, lembrando que é “um empréstimo a 12 anos”.
João Granja contesta o valor apresentado por Pedro Sousa, dizendo que o “factor adicional seria de 6,2 milhões de euros”. O socialista negou, baseando-se nas explicações de Teotónio dos Santos, administrados dos TUB, na última reunião de executivo municipal, em que o valor apresentado foi de 425 mil euros e 230 mil euros por unidade para autocarros eléctricos e movidos a gás, respectivamente.
