Direcção dos BVB quer construir quartel em Maximinos

A requalificação do quartel dos Bombeiros Voluntários de Braga (BVB) não passa de um remendo e por isso, para o presidente da corporação, o novo quartel “tem de continuar a ser um objectivo”.
Na noite desta terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal, da RUM, António Ferreira, que preside à Associação Humanitária desde Maio de 2016 garantiu que a direcção está empenhada em estudar já o futuro espaço para um quartel construído de raíz. António Ferreira não quer que a requalificação – assegurada por fundos comunitários e cujo concurso deverá ser lançado até ao final de Janeiro – atrase o processo de construção de um novo quartel. “Paralelamente temos andado à procura de um terreno bom para construir o quartel, porque o que temos não é o melhor e encontramos em Maximinos um terreno de 10 mil metros que é do IEFP. Já reunimos em Braga e em Lisboa e estamos a ver em que moldes é que esse terreno que é do Estado pudesse ser destinado a Braga”, esclareceu.
A requalificação do edifíco actual não resolverá a maioria dos problemas dos bombeiros, que continuarão sem espaço para uma parada, sem um parque de estacionamento adequado às necessidades, entre outras valências.
Recordando as questões burocráticas que atrasam sempre os processos, o presidente dos BVB considera que este é o melhor caminho. “Paralelamente podíamos ir dando passos neste sonho do futuro quartel porque quando tudo isso estiver pronto também estará a passar o prazo (cinco anos) que nós temos de permanecer no quartel antigo”.
Aos microfones da Rádio Universitária do Minho enumerou, entre as necessidades para o novo quartel, uma sala de formação, uma parada e um parque de estacionamento adequado. Questionado sobre as condições do parque cedido pelo município ao quartel dos bombeiros voluntários – alvo de críticas face à obra inacapada depois da colocação da estátua do Imperador – António Ferreira assumiu algum desagrado. Segundo aquele presidente, o facto de se tratar de um parque misto onde viaturas do Centro de Saúde também podem estacionar, tendo em conta o espaço limitado, várias pessoas batem nas ambulâncias, saindo do local sem aviso. Além disso, as ambulâncias que chegam de acidentes e socorros precisam de ser abertas e lavadas, um processo “muito difícil” de cumprir naquele local. António Ferreira assinalou ainda o facto de o piso para a estátua, continuar em terra, meses depois da inauguração da obra. “Mete-nos algum constrangimento ver como é que às vezes a cidade deixa chegar as coisas a este ponto”, desabafou, acrescentando que a autarquia já terá transmitido à direcção a intenção de concluir a obra no início do ano de 2018.
Sem candidaturas comunitárias abertas para a construção de um quartel de raíz, António Ferreira pretende que a associação humanitária não adie mais este processo e comece já a reunir as condições para arrancar, nos próximos anos, com uma nova casa.
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