Direitos laborais, SNS e alterações climáticas na mira do BE

Defender os direitos laborais dos trabalhadores, proteger o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e combater as alterações climáticas, são estes os chavões da campanha eleitoral dos dois candidatos do distrito de Braga para as eleições europeias de 26 de Maio. 

Esta terça-feira, os candidatos minhotos estiveram em contacto com a população bracarense, começando pelos feirantes instalados no sopé do Monte Picoto. Um dia em que ouviram também as principais preocupações dos trabalhadores da Bosch e as ideias da Associação Braga Ciclável.

Ana Rute Marcelino, de 47 anos reside em Vila Nova de Famalicão e ocupa, neste momento, o sexto lugar na lista às eleições europeias  lugar não elegível . Em entrevista à RUM a bloquista reitera que o partido está preocupado com o povo. “Estamos do lado de quem tem apenas a sua força de trabalho”. Algo que o Bloco de Esquerda tem vindo a defender “de forma intransigente”, acredita. 

“Queremos ouvir as pessoas e perceber quais os problemas que as tem afectado, sendo que temos assistido nas últimas décadas a um recuo nestes direitos”, declara a candidata.

Conhecida defensora do ambiente, a candidata garante que as alterações climáticas fazem parte das preocupações do bloco, assim como a mobillidade.

A famalicense acredita que “há milhares de deslocações que poderiam ser substituídas pela bicicleta”, uma vez que existem condições para utilizar este meio de transporte “não só para lazer, mas como veículo promotor da mobilidade suave”.  Ana Rute Marcelino considera que os estudantes podem ser um elo transformador nas cidades do quadrilátero urbano. A defesa do Serviço Nacional de Saúde é outra das batalhas assumidas pelos bloquistas. 

Quando questionada pela RUM sobre os resultados que o Bloco de Esquerda espera alcançar nestas eleições europeias, Ana Rute Marcelino avança que a decisão será do “povo português”, responsável pelo número de eurodeputados que o partido pode eleger. A candidata afirma que Marisa Matias está a “fazer um enorme e importante trabalho no Parlamento Europeu”. 

O segundo representante do distrito de Braga é Miguel Martins. Tem 18 anos, é natural da Madeira, mas vive desde criança em Barcelos. Estuda actualmente na Universidade do Minho onde ingressou no curso de Biologia Aplicada Nesta campanha eleitoral pretende comprovar que “a política não é só para os mais velhos” e que como tal os mais jovens podem e devem ter uma palavra sobre políticas europeias e nacionais. Fazer frente ao maior partido da oposição, a abstenção (que nas últimas eleições europeias, a 25 de Maio de 2014 atingiu um novo recorde, em Portugal, de 66,2%) é a grande bandeira do jovem.

Aos microfones da Universitária, Miguel Martins frisa que existem questões essenciais “como a defesa da escola pública” em que os jovens podem participar e “iniciar uma luta através de protestos ou participando em eleições para as associações de estudantes”. Caminhos “importantes”, segundo o candidato.

Na mesma óptica o candidato que ocupa a vigésima posição na lista às eleições europeias, realça a necessidade de auscultar os cidadãos. Por Braga esteve em contacto com os feirantes que foram alocados no sopé do Monte Picoto. O candidato bloquista garante que o espaço “não tem condições” para acolher os feirantes realçando que nos últimos dias tem estado demasiado calor e quando chove é praticamente impossível vender no local. Segundo o jovem, “o fluxo de clientes é cada vez menor” pelo que temem pelo final da actividade na cidade de Braga.