Docentes da UMinho protestam pela progressão salarial

Cerca de duas dezenas de docentes estiveram em protesto esta sexta-feira, na Universidade do Minho. A concentração aconteceu junto ao Prometeu, no Campus de Gualtar. A acção é convocada pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) e decorre em diferentes instituições de norte a sul do país. É o arranque da acção “Primavera do ensino superior e ciência”. Em causa as inúmeras situações precárias vividas no sector.
No caso da academia minhota, a acção focou-se na progressão salarial, como explicou à RUM António Baptista, docente da Escola de Ciências da Universidade do Minho. “Foi-nos prometido a actualização dos salários a partir de 1 de janeiro, com efeitos retroactivos, e isso não aconteceu. Desde 2007 que não tenho aumento salarial. Antes pelo contrário, atendendo à crise, os funcionários públicos foram altamente penalizados”, recordou.
O docente explica de que forma os docentes estão a ser afectados. “Existe um sistema de avaliação, no qual obtemos um determinado número de pontos e, em função dos pontos que obtemos, subimos de escalão. O que está previsto na lei é que a acumulação de 10 pontos permita essa subida de escalão. Em termos práticos não teve qualquer efeito”, recordou.
António Baptista explicou que a situação afecta todos os docentes da academia minhota, “é um direito e está contemplado no Orçamento de Estado. Continuamos a aguardar as progressões salariais”, reforçou.
A acção nacional, convocada pelo SNESup, é, segundo comunicado “pela defesa da legalidade e justiça no Ensino Superior e Ciência, num momento em que o instrumento aprovado pelo Governo para regularização destas situações – o PREVPAP – não demonstra capacidade real para dar resposta aos profissionais”.
O objectivo foi também fazer um apelo através das redes sociais, com o hashtag #éparacumprir. A ideia é que «todos possam partilhar uma foto desse momento de convivência entre colegas, com suportes e posts online que afirmem e expliquem as reivindicações e tomadas de posição recentes», pode ler-se.
Áudio:
Professor da Escola de Ciências, António Baptista, explicou o protesto:
