Duplicação de polícias gera protesto dos ciclistas do Minho

Um desentendimento entre PSP e GNR vai motivar, este Sábado (dia 10 de Junho), uma manifestação da Associação de Ciclismo do Minho (ACM). Em causa a duplicação de custos de policiamento nas provas organizadas. 

O protesto está marcado para o Prémio de Ciclismo “Força Minho”, uma prova de cadetes, com extensão de 40 quilómetros, e onde haverá mais agentes da autoridade do que ciclistas nas estradas. Ao todo, serão 56 os jovens atletas a participar, enquanto estarão no policiamento 59 agentes apoiados por 18 viaturas da PSP e da GNR.

José Luís Ribeiro, presidente da Associação de Ciclismo do Minho, diz ser incompreensível a situação, salientando que a ACM “está completamente alheia à guerra entre PSP e GNR”, mas que a situação faz com que as duas corporações “se achem no direito de, na sua área de influência, fazer o acompanhamento das provas”.

O prémio de ciclismo “Força Minho” terá um custo de policiamento a ascender os 3800 euros, uma vez que a PSP vai mobilizar 35 agentes e 7 viaturas e a GNR 24 agentes e 11 viaturas.

José Luís Ribeiro dá um exemplo de uma prova, em Palmeira, Braga, onde “num determinado troço, a prova, que estava a ser acompanhada pela GNR, passou a ser acompanhada pela PSP que exigiu e impôs assumir a condução do policiamento da prova”. O responsável pela associação de ciclismo explicou aos microfones da RUM que este desentendimento obriga um pagamento em duplicado, uma vez que “o serviço de remunerados é pago pelos organizadores em módulos de quatro horas – que é pago a cada agente que presta policiamento. Quando um agente deixa de fazer o policiamento, nós continuamos a pagar”, disse à RUM o responsável que sublinhou que “o desporto e as entidades que organizam eventos desportivos são os mais fortemente penalizadas”.

De acordo com a Associação de Ciclismo do Minho, “a duplicação de custos e de meios não faz qualquer sentido numa perspectiva racional de gestão dos recursos, tantos dos organizadores, como das próprias forças de segurança e das verbas disponíveis para o policiamento de actividades desportivas”.

Simultaneamente, a Associação de Ciclismo do Minho insurge-se contra o que considera ser a “recusa da Ministra da Administração Interna e da Secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna em clarificar a aplicação da Portaria que regula os serviços de remunerados dos agentes da autoridade” e que, ainda de acordo com a ACM, resulta numa nova discriminação da modalidade.

Desta feita, para este Sábado está marcada uma manifestação no início, a meio e no final da prova “Força Minho” que vai juntar mais agentes de autoridade do que participantes. 

Daniel Silva
Daniel Silva

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