“E para as Universíadas não vai nada, nada, nada?!”

São 67 os atletas que, a partir deste Sábado, vão representar as cores de Portugal. As Universíadas começam no Taipé e decorrem até ao final do mês. A particularidade desta comitiva é que todos os atletas são estudantes universitários e servem como exemplo de uma carreira dual defendida pelas instituições de ensino superior.

Com medalhas no horizonte – ainda que não de uma forma assumida -, alguns dos representantes portugueses percebem que esta competição pode ser uma antecâmara dos Jogos Olímpicos. Uma experiência inolvidável, certamente. Ainda assim, a chefe de missão portuguesa, Susana Feitor, ex-atleta e ex-medalhada nas Universíadas, falou com a RUM e preferiu destacar as valências da carreira dual que estão associadas a esta competição mundial.  “As Universíadas têm esse carisma e o resultado desportivo é importante, mas é importante frisar a parte académica”, explicou Feitor que frisou que “a perspectiva que se coloca é que estes atletas representem Portugal ao seu melhor nível”, relembrando que os mesmos “têm feito isso com elegância e sabedoria”.


“Treinam e estudam para um dia terem, não só grandes resultados, mas para serem pessoas para o futuro, com profissões e capacidade de trabalho”.

Susana Feitor já participou, enquanto atleta nas Universíadas e arrecadou, na competição, uma medalha de bronze. Ainda assim, destacou que a mensagem que está a passar aos atletas portugueses é no sentido de desfrutarem da competição e da partilha de momentos com outros atletas e realidades. “O que eu trago das minhas participações nas Universíadas são as pessoas que conheci e relacionamentos que criei. Os resultados são a razão de tudo, mas acabam por ser mais ricos quando conseguimos fazer o resto”.

Susana Feitor admitiu, ainda assim, que as medalhas fazem parte do imaginário luso. “É uma selecção carregada de oportunidades e estou esperançosa em levar algumas medalhas ou resultados de todo, ainda que, no fundo, não seja isso que me preocupa”.

E para chegar às medalhas, a chefe de missão espera algumas dificuldades fruto de “um clima muito agressivo, com temperaturas acima dos 30 graus todos os dias, mas com perspectiva de tempestades”. “As modalidades ao ar livre têm esse condão de terem de lidar com o clima, mas as modalidades de pavilhão estão dentro do clima também. Isto é muito agressivo para o corpo e os atletas adaptam-se de formas diferentes, ou seja, nem sempre conseguem repetir os resultados que alcançam na Europa”, avisou.

Na última edição da competição, há dois anos, na Coreia do Sul, Portugal regressou com uma medalha de ouro, duas de prata, e uma de bronze. Agora, faz-se representar no Taipé com uma comitiva composta por 67 atletas que vão competir em 11 modalidades distintas.

A cerimónia de abertura decorre no sábado e a porta-estandarte será Joana Cunha, estudantes da Universidade do Minho e recentemente consagrada como campeã da Europa universitária de taekwondo, em Coimbra.

Da comitiva portuguesa fazem parte alguns atletas da Universidade do Minho: Rui Bragança, Júlio Ferreira, Jean-Michel Fernandes, Joana Cunha, Nuno Costa (taekwondo) e Bruno Cunha e Miguel Cunha (voleibol).

A missão portuguesa conta ainda com quase três dezenas de treinadores. Ao todo, 90 pessoas vão viajar até ao Taipé com a esperança de trazerem medalhas para o nosso país no final do mês.

Portugal tem um passado de prestígio na competição: soma um total de 32 pódios, com a curiosidade de ter alcançado a primeira medalha há 50 anos através do judoca Fernando Almada. A esse juntaram-se mais dez, alguns deles figuras importantes do desporto nacional, como é o caso de Pedro Soares, Jéssica Augusto, Nelson Évora, Sara Moreira, Alberto Paulo ou Fernando Pimenta. Carla Sacramento, Susana Feitor, Naide Gomes ou Patrícia Mamona foram outras atletas que já foram às medalhas. 

Portugal estará representado pelos seguintes atletas:


Atletismo (11): Andreia Crespo, Cátia Azevedo, Diogo Antunes, Diogo Ferreira, Francisco Belo, Hugo Rocha, Mara Ribeiro, Marta Onofre, Paulo Conceição, Samuel Barata e Samuel Remédios;

Badminton (2): Bernardo Atilano e Rui Mendes;

Basquetebol (12): Ana Granja Santos, Ana Sofia Ramos, Inês Pinto, Inês Viana, Isabel Costa, Joana Canastra, Joana Cortinhas, Joana Soeiro, Josephine Filipe, Maianca Umabano, Sara Dias Ressureição e Sofia Pinheiro;

Esgrima (4): José Bartissol, José Charréu, Max Codeço e Pedro Macedo;

Ginástica artística (6): Bernardo Almeida, Diana Abrantes, Diogo Romero, Filipa Martins, Ana Romero e Pedro Guimarães;

Golfe (1): João Girão;

Judo (4): Catarina Costa, Guilherme Salvador, Mariana Esteves e Pedro Silva;

Natação (3): Ana Monteiro, Gabriel Lopes e Rita Frischknecht;

Taekwondo (7): Bruno Fidalgo, Gabriela Martins, Jean Michel Fernandes, Joana Cunha, Júlio Ferreira, Nuno Costa e Rui Bragança;

Ténis (2): Inês Mesquita e Nuno Borges;

Voleibol (12): Afonso Guerreiro, Alexandre Pereira, Bernardo Martins, Bruno Cunha, Filipe Sousa, Frederico Duarte Santos, José Gomes, José Neves, Lourenço Martins, Miguel Cunha, Nuno Silva e Simão Moreira.

Daniel Silva
Daniel Silva

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