Em quatro anos mais de 13 mil pessoas com hepatite C foram curadas

Assinala-se este domingo o Dia Mundial das Hepatites. Em Portugal, desde 2015, mais de 13 mil pessoas com hepatite C foram curadas. Ainda assim, este vírus continua a ser o mais preocupante.
A Direcção-Geral da Saúde criou em 2015 a Estratégia Nacional para as Hepatites Virais. De acordo com dados do Portal da Hepatite C, gerido pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, mais de 23 mil doentes com hepatite C iniciaram tratamento desde esse ano, havendo o registo de 13.895 pessoas curadas.
Emília Rodrigues, presidente da Associação SOS Hepatites, destaca a importância de combater este vírus, que é “o mais perigoso”. “A Hepatite C pode estar até 30/35 anos sem dar sintomas e é grave porque também não tem vacina”, refere.
A responsável máxima da associação criada em 2005 acredita que “a doença pode ser erradicada daqui a 20 anos”, caso sejam tomadas as devidas precauções por parte das pessoas, principalmente ao nível do rastreio. O desconhecimento é ainda o principal obstáculo no combate às hepatites. “Neste momento há uma média entre 30 e 40 mil pessoas infectadas sem saber”, alerta.
Emília Rodrigues acrescenta que “a população pensa erradamente que a hepatite C é igual a sexo, drogas e alcool” e que se trata de “uma doença de sociedade e não de comportamento”. A presidente da Associação SOS Hepatites adverte ainda para a existência desde 2017 de “uma falha de medicação em vários hospitais, nomeadamente no interior”.
Até ao momento, há sete tipos de hepatite diagnosticados em todo o mundo. A base da doença é uma inflamação do fígado, podendo, no pior dos casos, evoluir para um cancro.
TBG
