Envelhecimento e tecnologia. Os desafios da igreja europeia

“Se me perguntar se temos tido sucesso digo-lhe que algum, mas no meu modo de ver, pouco”. As declarações de Dom Francisco apontam para uma distância significativa entre os jovens e a igreja, ao ponto das palavras sagradas não fazerem eco junto dos mais novos. Ainda para mais em Braga, onde o afastamento tende a ser mais evidente. Cidade de catedrais associadas ao cristianismo, mas ao mesmo tempo terra de juventude.

A Arquidiocese de Braga é o espelho da igreja europeia. Há como que uma luta diária pela reinvenção. Isso mesmo dizia Dom Francisco durante mais uma sessão do “Pequeno-almoço Com…”, organizado pelos Transportes Urbanos de Braga (TUB). O Bispo Auxiliar de Braga quer a comunidade, independentemente da idade, mais próxima da religião. Como? “Presença nas redes sociais, ser criativo e inovador na forma como se transmite as frases que vêm escritas na bíblia. A igreja tem que investir muito nisso”, explica.

A nova cultura digital “coloca sérios problemas”. A igreja “tem trabalhado no sentido de se adaptar a esta realidade”. O envelhecimento da igreja em algumas comunidades é outros dos factores que, nas palavras de Dom Francisco, é, cada vez mais, evidente. Mas se há desinteresse por parte dos jovens, e quem vai à eucaristia são os idosos, qual o futuro da igreja?

A tentativa de mudar o paradigma tem sido prática comum na Arquidiocese de Braga. Não raras vezes, a eucaristia tem sido transmitida via stream, através das redes sociais já criadas pela entidade religiosa. Assim, à distância de um clique, tenta-se levar a fé aos fiéis sem que estes tenham que sair de casa. O caminho é “longo” e “desafiante”, onde uma página de facebook e um canal de youtube podem ajudar a solucionar parte do problema.