Escola de Medicina inaugura Centro de Medicina Digital P5

A Escola de Medicina da Universidade do Minho recebe esta segunda-feira a visita do comissário europeu Carlos Moedas para a inauguração do Centro de Medicina Digital P5, um projeto inovador, que procurará monitorizar e apoiar a gestão da doença crónica, contribuindo para melhorar os cuidados de saúde e a vida das populações.

A ideia pretende complementar a rede de cuidados de saúde primários e hospitalares, sendo um auxílio para ambos.

O projecto, recorda a escola em comunicado, alicerça-se na criação de pontes entre os diferentes níveis de cuidados, promovendo a autonomia do doente na gestão da sua saúde num ambiente de grande proximidade. Assim, no período entre as consultas médicas e de enfermagem, o doente permanece acompanhado pelo sistema, recebendo e enviando informação útil para o Centro de Medicina Digital P5. Essa informação servirá para o desenvolvimento de planos personalizados de intervenção que, depois de validados pelas equipas das Unidades de Saúde Familiar (USF), serão promovidos pela equipa do P5 junto do utente.

“Este modelo permitirá aos utentes adoptarem estilos de vida mais saudáveis, prevenir situações de doença, detetar precocemente doenças já estabelecidas e reduzir a ocorrência de complicações graves como, por exemplo, um enfarte cardíaco ou um AVC. A proximidade entre doente e serviços de saúde é um pilar fundamental do projecto”, lê-se ainda na nota.

A doença crónica é o foco no arranque do P5, sendo que a equipa (formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais) definiu a diabetes mellitus e a hipertensão arterial como doenças-alvo para acompanhamento. Estas duas doenças afetam, no seu conjunto, cerca de três milhões de pessoas em Portugal. Dados do SNS indicam que, em 2018, 36% da população adulta portuguesa é hipertensa enquanto o Observatório Nacional da Diabetes estimou que a diabetes afeta cerca de dois milhões de portugueses.

O P5 contará, numa primeira fase, com três USF piloto, onde será feito o acompanhamento personalizado aos utentes que tenham diabetes ou hipertensão arterial, monitorizando e controlando de forma mais eficaz estas doenças e, por conseguinte, conquistando melhores resultados para a saúde de cada um dos pacientes envolvidos.

O uso de recursos digitais permitirá, em pouco tempo, alargar o campo de intervenção do P5 e multiplicar os benefícios de uma intervenção personalizada e em proximidade que pode ser realizada à distância e expandida para todo o território nacional.

As Unidades de Saúde Familiar que receberão este primeiro piloto foram selecionadas pela ARS-Norte e localizam-se no distrito de Braga: USF Maxi Saúde (Braga), USF S. Miguel-o-Anjo (Vila Nova de Famalicão) e USF Saúde Oeste (Sequeira, Braga).

Redação
Redação

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv