Escola de S. Lázaro aguarda por posto de transformação

A Escola de S. Lázaro, inaugurada há dois meses aquando o arranque do novo ano lectivo, continua sem posto de transformação. A situação foi denunciada esta segunda-feira, no final da reunião de executivo, pelo vereador da CDU, Carlos Almeida. A escola ainda está a funcionar com o contador de obra. Em causa, segundo o esclarecimento prestado pela vereadora da Educação, Lídia Dias, estão “questões de segurança que impedem a instalação do transformador no local que estava inicialmente previsto pelos técnicos”. Nesta altura a autarquia aguarda pelo trabalho da responsabilidade da EDP.

Recorde-se que o atraso no arranque da obra já tinha colocado as crianças da escola, ao longo de dois anos em contentores. Esta nova falha é por isso sublinhada pelo vereador comunista, que contesta o facto de em pleno Inverno as salas de aula não estarem devidamente climatizadas.

Carlos Almeida classifica a situação como “inacreditável”. “O aquecimento das salas, numa escola de excelência, com um projecto de recuperação de valores tão significativos, salas preparadas com ar condicionado e não podem ligar porque funciona com contador de obra”, especifica. O vereador considera ainda que, apesar de o município estar à espera de uma resposta da EDP, não justifica tudo. “A obra começou a ser executada quando? Aliás, para arrancar demorou tanto tempo que pode dizer-se que nem se compreende que não tenham cuidado de aspectos tão essenciais como um posto de transformação de energia”,  questionou.

O vereador deixou outro alerta. “Não esquerecer que a EB1 de S. Lázaro é uma escola que tem uma unidade para alunos de Necessidades Educativas Especiais”, reiterou.

Carlos Almeida sugeriu ao município que arrancasse com a obra para evitar que 300 crianças fiquem um inverno inteiro numa escola nova, mas sem aquecimento. “A Câmara pode intervir numa forma mais activa neste processo porque não se compreende que estas crianças possam passar todo o Inverno com os casacos vestidos dentro da sala de aula, lembrando outros tempos, de uma escola velha, depois de um investimento tão grande”, avisou.

Com a mudança de localização por questões de segurança, a autarquia continua à espera que a EDP cumpra a responsabilidade de instalação. Até lá, o estabelecimento inaugurado há dois meses vai continuar sem aquecimento.