Está desvendado o cartaz cultural vimaranense para 2016/2017

Um novo festival que conjuga o cinema e o som, um concerto de Maria Gadú, a aposta no Novo Circo e ainda um ciclo de dança da Companhia Nacional de Bailado. São estas as principais apostas para a temporada 2016/2017 da Oficina. Ao final da manhã desta sexta-feira, foram apresentadas as principais propostas para o próximo ano do Centro Cultural Vila Flor, a Casa da Memória e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães.


No proximo ano, a Oficina continuará a apostar nos seus cinco festivais âncora,  GUIdance, Westway Lab, Festivais Gil Vicente, Manta e Guimarães Jazz, de acordo com Frederico Queiroz, presidente da direcção da Oficina. Três anos depois da Capital Europeia da Cultura, a Oficina quis fazer das dificuldades “uma oportunidade para lutar pela cidade”, disse o responsável.


A área de música domina as atenções do Centro Cultural Vila Flor. Rui Torrinha, programador do CCVF, revelou várias datas de concertos e o aparecimento de um novo festival, que se realizará de 7 a 15 de Outubro. Chama-se “Guimarães Cinema e Som” e nasceu de uma colaboração de uma promotora, a Oficina e a Câmara Municipal. Um festival que aborda precisamente a relação da sétima arte e da música.


Maria Gadú marca presença em Guimarães a 21 de Outubro, Amen Dunes, “um artista que está a explodir a nível internacional” chega no dia 25, e, no final do ano, acolhem Weyes Blood ( a 3 de dezembro).


Quanto ao GUIdance, já há uma primeira confirmação internacional. O festival “tem vindo a afirmar o seu espaço e tem feito dos palcos de Guimarães uma provocação sobre a criação na área da dança”, diz Rui Torrinha adiantando que a data já está marcada: de 2 a 11 de fevereiro. 2017 trará ao palco do CCVF o coreógrafo belga Wim Vandekeybus, que fará a estreia nacional no GUIdance da peça “Speak low if you speak love”.

 

Ainda na dança, mas em Junho, a Companhia Nacional de Bailado, assinala em Guimarães os 40 anos da companhia. 


Quanto ao Westway Lab, numa edição que pretende “aproximar-se da cidade e dos vimaranenses”, o festival abrirá as residências artísticas no final de março e terá como dias fortes de um vasto programa: 05, 06, 07 e 08 de abril.


No teatro, em Outubro, está marcada a estreia de “Nós Matámos o Cão Tinhoso”, a mais recente criação de João Garcia Miguel (dia 07). Haverá ainda “Um Inimigo do Povo” (29 de outubro), do premiado encenador Tónan Quito, a partir do texto de Ibsen. E a fechar 2016, “A Máquina de Emaranhar Paisagens”, de Dinarte Branco, construída

a partir do universo de Herberto Hélder, no início de dezembro.


No novo circo, promove-se a vinda do artista suíço Martin Zimmermann com “Hallo” e também um foco

sobre os laureados do projeto CircusNext, através do mini programa “European Seasons of Circus

Arts” a acontecer em Maio.

No que toca ao Centro Internacional das Artes José de Guimarães, o director artístico Nuno Faria revelou que, em articulação com o Laboratório da Paisagem e a Câmara Municipal de Guimarães, está a ser preparada a primeira edição da Guimarães LandArt – Bienal de Arte em Paisagem, integrada na candidatura da cidade de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020. Haverá, por isso, “um conjunto de conversas e conferências”. 2017 ficará ainda marcado pela quinta edição dos Encontros Para Além da História que este ano serão “dedicados à figura do falecido poeta Herberto Hélder”. “Convidámos artistas influenciados pelo autor, como Rui Moreira”, revelou.


No caso da Casa da Memória, a aposta vai para as visitas e na criação de um repositório online, de acordo com a coordenadora Catarina Pereira. “Vamos desconstruir achamada “memória coletiva”, mais orientada para o património cultural imaterial, organizando oficinas ou eventos cíclicos que nos façam recuar sensorialmente em historias práticas: cores, sabores, sons, que fazem parte deste legado comum”. A Casa da Memória quer “criar hábitos de participação na comunidade, de forma a valorizar o património”.


Vai ainda criar-se um Repositório como um espaço de pesquisa e investigação digital de vários espólios documentais e imagéticos, a começar por aqueles produzidos no próprio contexto da Casa da Memória. 

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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