Estudantes votam contra orçamento dos SASUM

Os três representantes dos estudantes votaram esta segunda-feira contra o orçamento dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM). Foi durante a reunião do Conselho Geral que os estudantes (Carlos Videira, Bruno Alcaide e Pedro Sanches) mostraram o descontentamento perante aquilo que consideram ser uma “subversão dos princípios da acção social” e que está contemplada no orçamento dos SASUM.

Carlos Videira, “coordenador” deste grupo de estudantes no órgão colegial da academia minhota considerou que o superavit financeiro registado nos bares da academia minhota devia servir para colmatar as perdas que existem nas cantinas. “Esse superavit deve servir para colmatar perdas residuais no sector das cantinas que é onde se faz a acção social indirecta e onde os estudantes mais carenciados vão ter a sua refeição”, considerou Carlos Videira que referiu que “o que se está a assistir é precisamente o oposto”.

“O valor arrecadado nos bares serve para serviços de gama superior como são os restaurantes e grill que não são utilizados pela grande maioria dos estudantes”, explicou.

Assim, Carlos Videira considerou, aos microfones da RUM, que não faz sentido que só as senhas de cantina aumentem nesta política assumida pelos SASUM. “O que vemos é que só as senhas de cantina é que aumentam quando os restaurantes e serviços de grill não estão a ver os seus valores aumentados de modo a se tornarem sustentáveis ou não estão a ser aumentados na dose recomendada”, referiu Carlos Videira que, “naturalmente” assumiu a rejeição deste documento pelos estudantes.

“Os estudantes, na sua maioria, utilizam as cantinas e bares e não os restaurantes e grill. Esses locais são frequentados por docentes, figuras externas à Universidade e são essas unidades que estão a dar prejuízo”, argumentou o coordenador dos estudantes no Conselho Geral.

Carlos Videira considerou que “não é nos estudantes e no valor das senhas de cantina que devem ser projectadas as dificuldades dos Serviços de Acção Social.

Carlos Silva, administrador dos Serviços de Acção Social justificou-se no Conselho Geral dizendo que esta distribuição é feita mediante os rácios, nomeadamente os rácios de despesa. Carlos Videira considera que “esta é, acima de tudo, uma opção política dos SASUM com a qual os estudantes não podem concordar”.

O orçamento dos SASUM apresenta-se com valores a rondar os 8 milhões de euros com o orçamento da alimentação a pesar mais de 50%, ou seja de 4,3 milhões de euros. Desses 4,3 milhões há um valor que é proveniente dos bares que se cifra em mais de 215 mil euros, o valor que chega das cantinas que representa um défice de 83 mil euros e o défice de 238 mil euros que se regista ao nível dos serviços de restaurante e grill.

Na reunião do Conselho Geral desta segunda-feira o plano de actividades dos SASUM foi aprovado por unanimidade. Já o orçamento destes serviços foi aprovado por maioria onde os três estudantes votaram negativamente face ao documento apresentado pelo administrador dos SASUM.

Daniel Silva
Daniel Silva

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