“Exaustos”, funcionários fecharam a Alberto Sampaio

A Escola Alberto Sampaio, em Braga, esteve encerrada até às 10h30 desta manhã devido à greve dos 25 trabalhadores não docentes. Reivindicam um maior número de trabalhadores para dar resposta aos mais de 2.000 alunos que estudam naquela escola secundária.

O Coordenador do Sindicato da Função Pública do Norte, Orlando Gonçalves, alertou, em declarações à RUM, que esta escola apresenta um número de trabalhadores inferior ao exigido pela portaria de rácios. “Deveria contar com 34 trabalhadores e na realidade só conta com 25. É obvio que se encontram sobrecarregados e preocupados com a segurança dos alunos”, disse. 

Orlando Gonçalves frisa que os quadros não docentes das escolas precisam  de estabilidade e isso, claramente, não está a acontecer porque a resposta do Governo em nada soluciona o problema. “O Governo autoriza 14 lugares a três horas e meia cada, sendo que em Julho estes não permanecem nas escolas. Logo, voltamos a ter o mesmo problema, para além de o estado promover a rotatividade nas escolas”, sublinha.

O representante do Sindicato considera ainda que a falta de funcionários está conectada ao aumento de casos de bullying nas escolas portuguesas.

“Estamos exaustos”


Fátima Bragança, funcionária na Escola Secundária Alberto Sampaio há 15 anos confessou aos microfones da Universitária que neste momento se encontram, de baixa média doze, num universo de 25 funcionários, aspecto que piora o panorama na escola. “Estamos exaustos, não conseguimos fazer a manutenção dos espaços como deve ser nem dar segurança aos alunos”, reconheceu. 

Um dos alunos que ficou à porta da escola, Pedro Freitas confirma estas preocupações e  reivindicações, garantindo que os profissionais não são suficientes para dar resposta às necessidades dos estudantes. “Todos os anos aumenta o número de alunos e os funcionários têm vindo a diminuir. Não temos as condições básicas para a escola estar em funcionamento”, admite.

Uma greve que decorreu sem qualquer divulgação prévia.

Áudio:

Palavras do Coordenador do Sindicato da Função Pública do Norte, Orlando Gonçalves, sobre a situação da secundária bracarense. O representante fala também de um possível aumento de casos de bullying.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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