“Faltou organizar umas Universíadas”, diz Fernando Parente

Ao fim de 24 anos, Fernando Parente está de saída do Departamento de Desporto e Cultura (DDC) dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM).

O dirigente vai agora dedicar-se a 100% ao Sporting Clube de Braga, onde já desempenhava o cargo de vice-presidente para as modalidades amadoras.

Em declarações à RUM, Fernando Parente reconhece que gostava de ter feito mais, ainda que o balanço seja “extremamente positivo”. 

“A sensação de dever cumprido é sempre uma questão um bocado complexa de explicar, mas podíamos ter ido mais longe”, começa por responder. “Há questões que não dependem só de nós, mas a sensação com que fico é que eu e as pessoas que trabalharam comigo demos sempre o nosso melhor para servir a academia, que os estudantes tivessem acesso à prática desportiva e depois ter uma presença forte em termos locais, ajudar ao desenvolvimento desportivo, fazer eventos internacionais que ajudassem a própria UMinho a internacionalizar a sua marca”, resumiu.

“Foram vários momentos em destaque”

Escolher apenas um momento em 24 anos de trabalho é difícil, admite Fernando Parente. “Foram vários momentos, mas desde logo quando tivemos os dois complexos desportivos a funcionar”, nota o dirigente, referindo-se aos complexos dos campi de Gualtar e Azurém frequentados diariamente por centenas de estudantes e funcionários da Universidade do Minho.

Ambição não faltou, mas nem tudo foi possível. Fernando Parente lamenta não ter conseguido organizar umas universíadas em Portugal. “Não sozinhos, mas talvez com as autarquias da nossa área” como Braga, Porto, Guimarães e Vila Real, recorda. “Fazer um cluster no norte e fazermos as pazes com a história porque Portugal teve para organizar as Universíadas em 1969 e por questões políticas na altura não aconteceu”, recorda.

24 anos depois, uma nova casa

Mais de duas décadas depois ao serviço do desporto na Universidade do Minho, Fernando Parente assume agora funções no Sporting Clube de Braga tendo em vista o estímulo à carreira dual e à promoção das modalidades dentro e fora de portas.

“É um projecto motivador, tem um presidente forte e ambicioso e a direcção está empenhada em afirmar o clube não só a nível nacional, quer seja no futebol quer seja noutras modalidades, e é desafiante e motivador. Gosto de estar em organizações que pensem assim”, remata.