Festival de política aproxima Europa dos bracarenses

Braga é a primeira cidade do país, depois da capital, a receber o Festival de Política. Este ano, o evento que vai para a terceira edição, sai de Lisboa e instala-se na cidade de Braga, de 9 a 11 de Maio, com diversas actividades, todas de entrada gratuita.

A Europa é o tema em destaque motivando mesmo a presença do comissário Carlos Moedas à cidade dos arcebispos para uma conversa com os cidadãos. Em 2017 o festival teve como tema central a abstenção. Já no ano passado olhou para os direitos humanos. Em 2019 e a poucas semanas dos países escolherem os seus representantes para o Parlamento Europeu, discute-se precisamente a Europa.

Debates, performances, filmes, humor e speed dating com deputados são os pontos fortes da programação desta edição. 

“Braga é uma cidade jovem como a Europa precisa de ser”

Esta sexta-feira, na apresentação oficial do evento, Ricardo Rio, autarca bracarense elogiou a iniciativa que pretende “promover a cidadania” incentivando “todos os cidadãos, independentemente da sua idade e da sua filiação política ou não, a participar na vida pública”. Tendo como tema a Europa, o autarca reconhece a importância de promover a interacção dos cidadãos com a realidade europeia, “muitas vezes descurada, mas que é essencial para o desenvolvimento do país”.

Rio admite ainda que “se deixou afastar demasiadamente a realidade da UE, tão importante para todos os cidadãos” e que esta é mais uma forma de “reparar um erro que no futuro pode custar muito à própria sustentabilidade da União Europeia”.

O Dia da Europa, 9 de Maio, celebra-se em Braga. Uma coincidência feliz, considera Ricardo Rio tendo em conta que Braga é “um bom exemplo para a Europa nos mais diversos domínios”. “Uma cidade jovem como a Europa precisa de ser e continuamente renovada e aberta ao mundo”, defende ainda o presidente do município.

Bárbara Rosa, da direcção do festival de política explica que se trata de um evento “de cidadãos para cidadãos que pretende fomentar o pensamento político e o espírito crítico informado através de formas não convencionais de abordar a política”, até porque “tudo é política”. Um festival que pretende também “diminuir o fosso existente entre os cidadãos e os seus representantes”, acrescenta.