Freguesias urbanas podem ter mais competências em 2019

Em 2019 as freguesias urbanas de Braga podem passar a ter novas responsabilidades, até agora levadas a cabo pelos serviços do município. Os presidentes de junta das freguesias do casco urbano reúnem mensalmente e estão cada vez mais convictos de que só com mais responsabilidades nas juntas de freguesia os bracarenses poderão ver alguns problemas resolvidos com outra celeridade. É o caso de pequenas intervenções na área da construção civil e jardinagem.

Confrontado pela RUM sobre os sistemáticos apelos dos presidentes de junta, Ricardo Rio confirmou que é possível delegar algumas responsabilidades durante este ano, ainda que lembre que nesta altura o Governo está a estudar uma outra reforma na reorganização administrativa.

Ainda assim, o autarca bracarense afirma que quer “continuar a reforçar a descentralização de competências nas juntas de freguesia e estabelecer novas áreas de colaboração”, até porque [essas juntas] têm serviços já em funcionamento e recursos humanos. Por isso, Ricardo Rio sugere algumas áreas em que estas juntas de freguesia podem ter um “papel acrescido”, como a área social, limpeza urbana e gestão de alguns equipamentos. “É um diálogo que vamos continuar a fazer”, disse.

Entre os problemas visíveis que se arrastam no tempo estão passeios danificados ou estradas a necessitar de pequenas intervenções. Apesar das notificações imediatas das juntas de freguesia junto dos serviços municipais, as respostas tardam em chegar. O presidente do município reconhece que são cada vez mais escassos os recursos humanos em determinadas áreas. “A massa de recursos humanos nessas áreas era bastante envelhecida, houve muita gente que saiu e durante muito tempo não havia condições legais para contratar”, admitiu.

Segundo o presidente, em 2019 a autarquia bracarense tem previstas “várias aberturas de concurso para essas áreas”. ” A verdade é que neste momento existe esse défice e muitas vezes é mais fácil contratar externamente do que sobrecarregar aquilo que são recursos já extremamente reduzidos da CMB para responder a alguns desses problemas”, reconheceu Ricardo Rio.