Governo disponível para resolver lacunas na saúde

A Escola de Medina da Universidade do Minho (EMUM) assinalou o seu 18.º aniversário e na cerimónia que decorreu esta segunda-feira, o presidente da EMUM, Nuno Sousa, falou, sobretudo, do futuro.

A falta de programas formativos para os jovens médicos é uma das lacunas que o presidente da Escola de Medicina não esqueceu. “Existe um novo panorama no acesso ao internato médico em Portugal, com um número de candidatos claramente superior ao número de vagas para essa formação complementar”, começou por dizer Nuno Sousa.

Preocupado com a situação, o presidente da EMUM, aproveitando a presença do Secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, lançou o repto ao Governo para “criar um programa que assegure a aquisição de um conjunto de competências mínimas, que permita a esses colegas exercer a sua actividade profissional com a maior qualidade possível”.

Além disso, Nuno Sousa lembrou também a questão do Hospital Universitário, uma vez o Minho não foi contemplado no decreto-lei, que definiu, no contexto de investigação clínica, sete novos hospitais universitários no país.

A falta de apoio à investigação é outra das preocupações. “A dificuldade e imprevisibilidade do acesso a fontes de financiamento nacionais colocam algumas dificuldades para o exercício da actividade de geração de conhecimento”, disse o presidente da EMUM, que tem “criado condições para exercer as suas actividades e continuar a engradecer o nome da escola”.

Em resposta, o representante do Governo fez saber que estas “são áreas que têm sido trabalhadas e que importam”. “Acho que há aqui uma abertura do lado da UMinho e do Governo para tentar encontrar caminhos”, afirmou Fernando Araújo.

O presidente da Escola de Medicina elogiou, no entanto, as alterações implementadas pelo Governo no que diz respeito ao novo modelo para o exame de selecção e o método de normalização para classificar as médias finais dos graduados em Medicina.

*Por Liliana Oliveira