Greve CTT: Braga regista 65% de adesão

Aproximadamente 65% dos trabalhadores dos CTT Braga aderiram esta quinta-feira ao primeiro de dois dias de greve. Segundo as contas do coordenador de Braga do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, dos 430 trabalhadores que os CTT têm em Braga, aproximadamente 250 aderiram à greve. Uma adesão que, ainda assim, não satisfaz na totalidade o sindicato.

Os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho e a manutenção dos empregos, depois de a empresa ter anunciado a eliminação de 800 postos de trabalho nos próximos dois anos.

Ouvido pela RUM, o coordenador de Braga do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, José Sá afirmou que a adesão à greve deveria ter sido superior tendo em conta a gravidade da situação. “Dada a gravidade da situação, esperaria que os trabalhadores entendessem a mensagem da Comissão Executiva dos CTT”, começa por analisar. José Sá recordou o facto de na véspera da greve a comissão ser obrigada a “abrir o jogo e a dizer que tem de despedir”. “Era uma coisa que eles nunca quiseram dizer, inventaram tudo menos despedimentos e agora tiveram que abrir definitivamente o jogo”. O objectivo “é ficar com o banco, e com as vendas”, já o serviço público postal universal, “quem quiser que o faça”, atirou.

O sindicalista foi mais longe na análise ao que aconteceu desde o período antes da privatização até aos dias de hoje. Sem duvidar que nos CTT está a acontecer o que aconteceu na PT e EDP, José Sá afirma que a situação “é uma escandaleira”. O único propósito, insiste o sindicalista, é que agora fiquem apenas com o banco CTT, com as encomendas, “a parte rentável e a parte que tem crescido” tendo em conta o comércio electrónico. Referindo que “as cartinhas não interessam”, José Sá diz não ter dúvidas de que “todos vamos pagar” e os trabalhadores dos CTT serão os principais visados porque serão encaminhados para o desemprego.

Expectativas para o segundo dia de greve nos CTT em Braga

Quanto às expectativas para o segundo dia de greve dos trabalhadores dos CTT em Braga, José Sá considera que até poderá ser superior, mas analisando a adesão de hoje, teme que os trabalhadores que aderiram mas que sentiram que o colega faltou à palavra e não aderiu, possam desistir da ideia de perder mais um dia de salário.

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Elsa Moura
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