Greve dos Guardas Prisionais atinge os 83% no Minho

Os números de adesão à greve dos guardas prisionais rondam os 83% na zona do Minho e Norte do país. A informação foi avançada ao início da tarde pelo Presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves.
No que toca aos Estabelecimentos Prisionais de Braga e de Guimarães, o sindicato indica que tanto um como outro necessitam de mais guardas prisionais.
No caso do Estabelecimento Prisional de Braga são necessários, “no mínimo mais vinte elementos para que tudo corra bem”, indiciou o responsável sindical. Já no estabelecimento de Guimarães ,para mudar “significativamente” o funcionamento seria necessário adicionar cerca de dez guardas prisionais.
Jorge Alves recorda que estes protestos acontecem apenas porque o Primeiro Ministro António Costa “desautorizou” a Ministra da Justiça que já tinha iniciado negociações com o Corpo de Guardas Prisionais. O sindicato considera a situação “lamentável” e refere que foi através da Secretária de Estado que o Primeiro Ministro cancelou o resto das negociações que “já levavam alguns meses de trabalho”, sobre o estatudo profissional.
Recorde-se que no cerne da questão está a reivindicação de uma mudança do estatuto profissional que engloba o horário de trabalho, o pagamento dos suplementos de turnos, o descongelamento dos escalões e a criação de novas categorias para quem desempenha a função de chefe.
O universo de guardas prisionais ronda os 4350 para uma população prisional de aproximadamente 13 mil reclusos.
A greve nacional começou esta quinta-feira e só termina a 18 de Dezembro.
Áudio:
Jorge Alves, Presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Nacional, em declarações à RUM.
