Greve nos TUB com adesão de 43%

Apenas 63 dos 110 autocarros dos TUB saíram esta sexta-feira. A greve nacional voltou a fazer sentir-se na empresa municipal com 43% dos motoristas a aderir à paralisação organizada pela Frente Comum.

Até ao final do ano contam-se vinte dias de greve com impacto nos Transportes Urbanos de Braga (TUB).

Números que na opinião do administrador, Baptista da Costa, “não fazem sentido” face à realidade actual da empresa e da “relação aberta” que existe com o STAL. “Nenhum sindicato se queixou de ter a porta da administração fechada”, começou por referir num encontro com a comunicação social ao início da tarde.


Baptista da Costa assegura que “as condições laborais têm crescido de forma constante nos TUB”, apesar de reconhecer o direito à greve. “De explicação em explicação aconteceram vinte greves num ano. Ainda não percebi onde está o meu erro”. Baptista da Costa insiste ter “muita dificuldade em perceber estes números”, referindo que não há nenhum conflito com os representantes dos trabalhadores. Afastando cenários de precariedade nos TUB, Baptista da Costa lamenta que o sindicato admita que, no caso de hoje, por exemplo, se trate de “um problema nacional” e que por isso “há motivações” para aderir à greve nos TUB.

Pré-aviso de greve aos feriados em vigor desde 2012 nos TUB 


Os Transportes Urbanos de Braga contam aproximadamente vinte dias de greve por ano, isto porque o sindicato entregou em 2012 um pré-aviso de greve por tempo indeterminado ao trabalho em dias feriado. Por isso, a administração sabe já que no próximo ano existirão pelo menos mais 14 dias em que os Transportes Urbanos de Braga estarão na estrada condicionados face ao número de trabalhadores que opte ou não pelo direito à greve. Ainda assim, de acordo com uma análise da administração são cada vez mais aqueles que optam por não trabalhar aos feriados, uma vez que estão protegidos pelo pré-aviso.

O administrador alerta ainda para as consequências. “Uma empresa que opera de forma regular tem muito mais capacidade de reter os seus clientes. Conquistar um cliente é muito difícil, perder é muito fácil”, sustentou.

Recorde-se que esta é a terceira greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública com o actual Governo e a primeira convocada pela Frente Comum de Sindicatos, segundo a listagem cedida pela estrutura sindical.

Elsa Moura
Elsa Moura

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