Gualtar. Juntos por Braga abandona assembleia de freguesia

A coligação Juntos por Braga abandonou a última Assembleia de Freguesia em Gualtar. Em causa, o facto de, alegadamente, não terem recebido documentação necessária para “exercer o seu papel”. Em comunicado, a coligação refere que a situação é recorrente e, na última assembleia de freguesia, os elementos dos partidos acabaram mesmo por abandonar a sessão.

 

Luís Marques, da Coligação, explicou à RUM que, nas convocatórias para as sessões “nunca chega, nem para Coligação e nem para o Partido Socialista, a documentação necessária para que as pessoas possam consultar e analisar os documentos para depois votar em consciência”,criticou. “Nesta última assembleia, o grupo de eleitos da coligação fartou-se desta atitude, que é recorrente, e acabou por abandonar a sessão”, explicou. 

O líder da coligação Juntos por Gualtar, Luís Marques, acredita que a atitude da Junta de Freguesia tem como base “alguma falta de cuidado na preparação das assembleias”. “As pessoas pensam que participar numa assembleia é esclarecer e expôr as propostas em meia dúzia de palavras, no local, e as que pessoas são obrigadas, no esclarecimento momentâneo, a decidir ou a ter uma opinião. As questões têm que ser cuidadosamente analisadas. Não estou a levantar nenhum caso grave nem a dizer que as coisas são feitas de forma propositada ou leviana”, assegurou.

Do lado do Partido Socialista, que lidera a Junta de Freguesia, o presidente João Vieira optou por não prestar declarações à RUM, por não ter estado presente na sessão.

Assim, João Nogueira, presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia, esclareceu à RUM o sucedido, acusando os membros da coligação de “incoerência” e “desrespeito absoluto pelo órgão e eleitores”. 

“Estavam em discussão duas propostas, apresentadas pela Junta de Freguesia, para deliberação da assembleia. Uma tinha que ver com a constituição de um júri para um concurso de refeições, que foi apreciada pela Coligação na hora e aprovada por unanimidade. Uma outra proposta que tinha que ver com a posição da Junta de Freguesia relativamente ao acesso a um campo de futebol, com um pedido a enviar à Câmara, no sentido de preservar o acessos, a coligação entendeu retirar-se da sessão, não votar nem discutir o documento, que foi naturalmente votado pela Junta de Freguesia”, esclareceu.

O responsável garante que a proposta não tinha documentos de suporte, daí que não houvesse necessidade de a apresentar com antecedência. “Era uma simples proposta, que tinha uma informação prévia, e um pedido de deliberação de uma proposta a recomendar Câmara, no sentido que tivessem atenção aos interesses da freguesia, nomeadamente no acesso a um terreno que é propriedade da Câmara. Não tinha nada de suporte, nem deliberações, nem escrituras, nem plantas, nem histórico”, assegurou.

Deputados da Coligação Juntos por Braga rejeitam “incoerência”

Em comunicado enviado à RUM, dois deputados da assembleia de freguesia de Gualtar da coligação Juntos por Braga, Lídia Martins e José Baptista, vieram desmentir a informação prestada pelo presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia, João Nogueira.

José Baptista garante que quanto ao ponto relativo à constituição de um júri para concurso de refeições votou contra “entregando até declaração de voto em que justificava que o voto era contra por não ter sido prestada aos Eleitos qualquer documentação ou informação”.

O mesmo esclarecimento foi prestado por Lídia Martins que garante ter-se abstido do ponto em questão. “Renego também a acusação de incoerência, já que tanto nesta Assembleia como nas anteriores, sempre rejeitei votar favoravelmente em qualquer ponto para o qual não fosse entregue documentação atempadamente”.

Notícia actualizada às 16h09