Guimarães alcança reconhecimento ambiental

Guimarães recebeu o reconhecimento pelas boas práticas ambientais num relatório internacional sobre as alterações climáticas. O relatório foi realizado pela rede da Carbon Disclosure Project (CDP), um projeto formado por um consórcio internacional que, através de uma plataforma de avaliação, regista os dados na área da mitigação e adaptação às alterações climáticas das cidades.
No relatório de avaliação lê-se que Guimarães é “uma cidade líder que demonstra melhores práticas em adaptação e mitigação, tem definidas metas ambiciosas e realistas, e tem demonstrado progresso para atingir essas metas.”
Jorge Cristino, presidente do Laboratório da Paisagem em Guimarães, explica que a distinção está relacionada com o compromisso do município “em reduzir emissões de CO2 em 20% até 2020, 40% até 2030, mas também em questões de mobilidade, a eficiência energética e as energias renováveis”. Além do compromisso ambiental, também a relação institucional do município com a Universidade do Minho, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a Universidade das Nações Unidas foi tida em conta.
Quanto a exemplos práticos de boas práticas ambientais em Guimarães, Jorge Cristino enaltece o caso da Academia de Ginástica, estabelecida “como um edifício de baixo carbono, que incorpora todas as medidas de eficiência energética e de aproveitamento de recursos naturais”, e ainda o plano de reflorestação levado a cabo na montanha da Penha “com a criação de rotas da natureza, da biodiversidade e geodiversidade”.
Mais um passo para a candidatura Capital Verde Europeia
O reconhecimento de Guimarães no CDP é, segundo Jorge Cristino, mais um passo para a candidatura do município a Capital Verde Europeia.
“Este processo (da CDP) é de monitorização ao trabalho que temos vindo a desenvolver e que acrescentamos ao cálculo da pegada Ecológica e biocapacidade Municipal com a ZERO, ao município ECOXXI com a ABAE e ao Pacto de Autarcas com a Comissão Europeia. É um conjunto de acções que são indicadores importantes para a próxima candidatura a Capital Verde Europeia”, esclareceu.
Áudio:
Jorge Cristino, do Laboratório da Paisagem em Guimarães, ressalva a importância de mais um indicador para a candidatura a Capital Verde Europeia
