Guimarães aprova nova ARU e extensão da existente

O executivo vimaranense aprovou, por unanimidade, em reunião do Executivo municipal, a criação de uma nova Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro Histórico que se extende pela rua Francisco Agra, Avenida General Humberto Delgado e quarteirão da rua de Santo António, rua Gil Vicente e rua Paio Galvão. O município vai também proceder à ampliação da ARU do “Centro da Cidade”, desde a rua D. João I à zona de Couros.

O vereador com o pelouro do urbanismo na Câmara Municipal de Guimarães, Seara de Sá esclareceu que esta nova ARU “cobre toda a zona classificada como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO”. Para além disso, acresce o facto desta decisão permitir uma maior intervenção no que toca a operações de reabilitação urbana. O objectivo passa por “dar uma resposta uniforme” às necessidades desses edifícios, que a partir do momento que fazem parte desta ARU passam a ter acesso a benefícios financeiros.

“Todos os proprietários que tenham edifícios nessas zonas da ARU podem candidatar-se ao IFRRU 2020 (Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas), linha de reabilitação assim como benefícios no IMI, IMT e no IVA”, explica o vereador.

De fora do alargamento da ARU ficou o bairro da Cruz de Pedra, uma decisão que não agrada à coligação Juntos por Guimarães. André Coelho Lima considera que “não faz qualquer sentido”, uma vez que este faz parte dos bairros tradicionais da cidade. A somar a essa premissa, o vereador lembra que “a ARU já apanha a zona dos fóruns da Cruz de Pedra e, também, pelo facto de a Câmara ter intenção de reabilitar a Casa do Costeado, onde termina a zona”.

No entanto, na óptica do vereador do urbanismo, Seara de Sá este não é o caminho a seguir, “pelo menos para já”, uma vez que aquela zona contém um vasto número de fábricas desactivadas. “Portanto, seria necessário uma nova estratégia para que a intervenção nessa área fosse mais eficaz”, sustenta.

A área proposta na criação da nova ARU do Centro Histórico será de 28,21 hectares, enquanto a ampliação da ARU do “Centro da Cidade” será de 3,40 hectares, passando de 57,20 para 60,60 hectares na área total. A medida terá agora de passar pela Assembleia Municipal.