Guimarães. Briteiros Santo Estevão com novos projectos

A União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão foi esta quinta-feira palco da reunião municipal vimaranense. Problemas de mobilidade, a poluição no Rio Ave e a localização de um novo cemitério foram os temas discutidos pelo executivo municipal.
As reuniões municipais descentralizadas são marcadas pelo anúncio de projectos para o local. A requalificação da EB1/JI de Fafião, o alargamento do cemitério de Santo Estêvão de Briteiros e a melhoria da rede viária do Parque Industrial de Fafião foram anunciados esta quinta-feira pelo autarca Domingos Bragança.
Do lado da coligação Juntos por Guimarães, o vereador André Coelho Lima apontou algumas críticas ao executivo. O social-democrata referiu que a autarquia aplica medidas no local em contraciclo com a vontade da população, dando como exemplo o alargamento do cemitério, que “andou de um lado para outro durante 30 anos” e “a própria proposta de agregação de freguesias”. “As assembleias de freguesia votaram contra esta proposta e propuseram outas”, recordou.
A mobilidade foi outra das questões sublinhadas pelo vereador. “Estamos a três quilómetros das Taipas e uma viagem de ida a volta custa 3 euros, o mesmo valor de autoestada entre Guimarães e o Porto. É uma exorbitância. Como é que podemos ter coesão territorial?” questionou.
A poluição no Rio Ave, que banha a zona União de Freguesias de Briteiros Santo Estêvão, foi outra das críticas apontadas pela coligação Juntos por Guimarães, pela voz do vereador Bruno Fernandes. “O Rio Ave tem tido muitos problemas e, recordo, a água foi tida pela Comissão Europeia como exemplo dos nossos pontos mais frágeis, aquando da candidatura a Capital Verde Europeia. Acima de tudo, estamos numa das freguesias com os maiores poluidores do Rio Ave. É importante que a Câmara passe do discurso para acção”, apontou.
Já o vereador do CDS, António Monteiro de Castro, frisou que não é possível culpar a Águas do Norte pelos derrames no rio, mas sim responsabilizar todos. “Como é possível atirar para a Águas do Norte a responsabilidade daquilo que são as nossas responsabilidades. A culpa é de todo nós que não acautelamos a separação das águas pluviais das residuais. Mas a verdade é que a Águas do Norte trata aquilo que o município entrega”, apontou o vereador.
Na resposta, o autarca garantiu que a poluição do Rio Ave e dos seus afluentes está a ser trabalhada a um nível intermunicipal. “Estamos a constituir uma equipa técnica para tratar os rios e os seus afluentes, quer no plano municipal e também intermunicipal, em conjunto com municípios como Braga ou Povoa de Lanhoso”, garantiu.
