Guimarães. Casa da Memória Pergunta ao Tempo pelo património

“Pergunta ao Tempo”. Foi este o desafio lançado a 289 alunos dos 14 agrupamentos de escolas de Guimarães. O resultado do projecto que pretende incentivar à descoberta do património vimaranense está em exposição a partir desta terça-feira, 12 de Junho, até 30 de Setembro na Casa da Memória de Guimarães. Entre cartografia, desenho ou fotografia, o “Pergunta ao Tempo” é um projecto de memória, que incentivou os mais novos a pesquisar sobre de cada um dos seus lugares.

Marta Silva, responsável pelo projecto desenvolvido pela Oficina, explicou que, à segunda edição, o “Pergunta ao Tempo” teve como ponto de partida a reinterpretação de cada um dos 14 núcleos da Casa da Memória de Guimarães. “Queríamos chegar as memórias colectivas de cada um dos lugares de Guimarães. Começámos no início do ano lectivo e a primeira coisa que as crianças fizeram foi conhecer a Casa da Memória, nomeadamente o núcleo e tema que trarão. O ponto seguinte foi uma oficina sobre património em cada escola”, explicou. 

Na prática, este é “um projecto educativo em torno do património que pretende inspirar a interpretação as memórias familiares de cada um”, explicou a responsável. A ideia foi perceber como é que, a partir da infância, se pode trabalhar a recuperação de memórias. 

Um trabalho que incentivou as crianças a pesquisar nas suas casas e envolveu também as famílias, de acordo com a directora do serviço de Educação e Mediação Cultural d’ A Oficina, Ana Lúcia Figueiredo. “As crianças e famílias, quando percebem que o que têm em casa, sejam pequenas ou grandes coleções, são alguns elementos de Memória que são valorizados do ponto de vista da história e do património e acabam por valorizar também a memória e o nosso património”, explicou.

Por sua vez, Adelina Pinto, vereadora do município vimaranense com os pelouros da educação e cultura, foi mais longe dizendo que o “Pergunta ao Tempo” quer incentivar à construção de uma memória colectiva a partir das crianças, numa cidade que tem orgulho da sua história. “Temos muito orgulho no nosso bairrismo, da nossa pertença a esta fundação da nacionalidade e esta nossa memória eu nos leva até D. Afonso Henriques, a 1128 e gostamos e transmitir isso as nossas crianças. Eles tem de sentir que esta cidade tem uma história, que é a sua história, que devem conhecer para construir a sua própria.”, explicou.

Até 30 de Setembro, a Casa da Memória de Guimarães acolhe a exposição “Pergunta ao Tempo”. Aberta a todas as idades, a exposição poderá ser visitada  das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00