Guimarães: FCT vai instalar data center no Avepark

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) vai instalar no Avepark, em Guimarães, um data center. A informação foi avançada em Assembleia Municipal, esta sexta-feira, pelo vereador responsável pela pasta da economia, Ricardo Costa.

O centro de processamento de dados será dedicado alojar equipamentos de ensino, investigação e inovação. O AVEPARK foi o local escolhido na região norte pelo órgão do Ministério da Educação e Ciência de Portugal, divulgou Ricardo Costa.

O vereador citou um e-mail recebido há cerca de um mês, no qual se lê, segundo Ricardo Costa, o seguinte: “A Fundação para a Ciência e Tecnologia, no contexto de um projecto de financiamento de roteiro nacional, de infraestruturas de investigação de interesse estratégico, cofinanciado pelo Portugal 2020, projecta implementar um data center de ciência e tecnologia na região norte.Tendo vindo a analisar locais possíveis, o Avepark surgiu como reunindo muito boas condições para o efeito. Pretendemos agora avançar para aquisição de um lote para a implementação om vista a construção desse data center, de modo a aproveitar financiamentos disponíveis”, revelou.

A novidade foi adiantada por Ricardo Costa, depois das críticas do deputado Rui Armindo Freitas, do PSD, que acusou a autarquia de não estar a captar investimento para o concelho. “Quando olhamos à nossa volta, percebemos que quase todos os concelhos conseguiram atrair mais do que um grande investimento internacional, fora das umas indústrias preponderantes”, criticou. O deputado deu o exemplo da empresa Weg, que se instalou em Santo Tirso, da Borgwarner em Viana do Castelo, da Fujitsu e da Bosch em Braga, da Leica e da Continental em Famalicão e da Eurocast em Arcos de Vadevez.

Ricardo Costa também enumerou ainda alguns investimentos futuros que serão realizados em Guimarães, 

como a ACR, que irá instalar-se no Avepark com um investimento de 15 milhões de euros, a Farfetch, que irá inaugurar em Março um novo edifício num investimento de 35 milhões de euros, tal como a Pioneer, fruto de um investimento de 6 milhões de euros. O vereador lembrou ainda os 100 milhões de euros de investimento da instalação no Avepark do Instituto Cidade de Guimarães. “O que é isto se não investimento?”, questionou.

Rui Armindo Freitas criticou as capacidades de captação de investimento de Guimarães que, garante, “falhou redondamente”. “Infelizmente, nós por cá temos vindo a perder terreno no que toca ao nosso papel como segundo concelho exportador do distrito de Braga. Se o mandato anterior mudou alguma coisa em relação à comunicação com as empresas, já quanto a captação de investimento – captação ao exterior e não apenas projectos decorrentes do processo natural de quem já esta cá – Guimarães falhou redondamente”, criticou.