Guimarães: José Bastos e Frederico Queiroz saem da Oficina

José Bastos está de saída da cooperativa Oficina. O ex-vereador da cultura em Guimarães sairá em Fevereiro. A decisão foi confirmada pelo autarca Domingos Bragança, quando questionado pelos jornalistas, depois de o vereador Ricardo Araújo, do PSD, ter interrogado o presidente de Câmara acerca de alterações na cooperativa que faz a gestão de equipamentos como o Centro Cultural Vila Flor, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães e a Casa da Memória, na reunião municipal.

José Bastos assumiu o cargo de direcção da Oficina em 2002. De 2013 a 2017, quando foi eleito vereador da Câmara Municipal pelo PS, suspendeu a posição, tendo sido assumida por Frederico Queiroz, que também está de saída da cooperativa.

4 meses depois de regressar à sua posição, José Bastos sai por ter outras ambições profissionais, diz Domingos Bragança. “Após a reunião camarária, a vereadora da cultura, Adelina Pinto, disse-me que lhe foi comunicado de forma não formal, não da demissão, mas sim da saída de José Bastos e também de Frederico Queiroz”.

Na última reunião da Assembleia Geral da Oficina, de 24 de novembro, Frederico Queiroz, referiu a necessidade de adaptação do organograma de ‘A Oficina”. Na altura, a vereadora da cultura Adelina Pinto não concordou com a sugestão. Uma questão que, garante Domingos Bragança, não está na origem da saída de José Bastos nem de Frederico Queiroz, mas, se tivesse “também estava bem”. “Não sei nada desse assunto nem tenho que saber. As saídas dos directores são normais, por vontade deles, por terem outras ambições. Mas se saíssem por discordância com a vereadora da cultura, que não me parece que tenha sido, também estava bem. É a vereadora da cultura que dirige a Oficina e quem estiver em divergência com as orientações da vereadora, é assim que deve ser feito”, disse.

Ricardo Araújo, vereador do PSD, lamentou que o presidente da Câmara não tivesse esclarecido a vereação acerca do assunto.  “É profundamente condenável que o Presidente não tenha transmitido em reunião de Câmara quando o confrontei. Eu questionei porque tinha informação de que havia instabilidade na estrutura orgânica e podia haver alterações de pessoas que ocupam lugares principais, mas não tinha confirmação de nada e daí ter questionado”, explicou.

De acordo com a informação disponibilizada no site da Oficina, Frederico Queiroz era até ao momento o Director de Planeamento e Controlo de Gestão. A Direção Artística e de Programação era assumida por José Bastos.