Guimarães: maioria aprova orçamento de 109 milhões

Em Guimarães, a maioria socialista aprovou, esta segunda-feira, as Grandes Opções Do Plano e Orçamento para 2018, em reunião municipal extraordinária. Com um orçamento de 109,3 milhões de euros, serão transferidos para as freguesias cerca de 3 milhões de euros “no âmbito de protocolos de delegação de competências (…) ou na criação das brigadas verdes”, pode ler-se no documento.


Na proposta, são delineadas também as prioridades da autarquia para 2018, nomeadamente incrementar as condições de mobilidade, pedonalizar progressivamente o centro da cidade, melhorar os acessos à cidade, reforçar Guimarães como cidade educadora, continuar a requalificação do Parque Escolar, prosseguir a construção de novos equipamentos culturais e educativos, reforçar o estatuto de Capital Europeia da Cultura, devolver os rios às comunidades, requalificar os edifícios de habitação social, criar uma incubadora social, melhorar os níveis de actividade física, optimizar a ligação ao tecido empresarial, alargar a aliança à Universidade do Minho e ampliar o Parque Industrial de Ponte e do Avepark.

A coligação Juntos por Guimarães votou contra a proposta da autarquia. A oposição diz não se rever em vários pontos do plano de actividades, como o valor a atribuir às freguesias e a importância dada à promoção do investimento económico. Bruno Fernandes, vereador da coligação, considera que a Câmara de Guimarães não está a atribuir a mesma importância ao investimento empresarial. “A Câmara Municipal fez bandeira desta questão há quatro anos e hoje, ao ler o plano, foi colocada de parte. Para 2018, prevê gastar 50 mil euros em requalificação de parques industriais. Nenhuma empresa se fixa no concelho se não tiver condições de instalação. Está a dar um sinal contrário ao que deveria ser dado para a fixação de investidores”, lamentou.


O vereador social-democrata questionou a autarquia acerca de quantas empresas se fixaram em Guimarães em resultado da política municipal de captação de investimento. Na resposta, Ricardo Costa, vereador com o pelouro da economia, garantiu que terão sido criados, desde 2016, pelo menos, 750 postos de trabalho, tendo em conta os projectos económicos de interesse municipal.

Ricardo Costa lembrou ainda que o desemprego baixou, nos últimos quatro anos, em Guimarães. “Os números demonstram que não só teorias apregoadas por nós. Diminuímos em cerca de 3500 desempregados, nos últimos 4 anos. Temos cerca de 200 milhões de euros de os projectos económicos de interesse municipal aprovados”, sublinhou.

Bruno Fernandes, que foi Presidente da Junta de S. Torcato durante 12 anos, apontou ainda críticas às aos valores das transferências monetárias que são feitas para as freguesias. “É só comparar com Braga, Famalicão, Barcelos, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, que têm valores superiores. Em Guimarães há mais de uma década que o valor não se altera. Não se discute o que é atribuído ao longo do ano, às Juntas, para determinados projectos”, referiu.

Valores do IMI, taxa IRS e derrama aprovados

Em 2018, os vimaranenses vão pagar 0.35% de IMI, a participação da taxa do IRS para o município permanece nos 5% e as empresas vão continuar a pagar derrama. Os valores foram também aprovados em reunião municipal, apesar do voto contra da coligação Juntos por Guimarães.

Apesar da redução do IMI de 0.375% para 0.35%, as contas do município continuam a ser positivas. António Monteiro de Castro, vereador do CDS/PP, considera, por isso, que havia margem para reduzir os impostos em Guimarães. Quanto aos empresários, o vereador defende que deveria haver uma maior monotorização da instalação de empresas em Guimarães.

Mafalda Oliveira
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