Guimarães Noc Noc, um festival onde todos são voluntários

Arranca este Sábado a 6ª edição do Guimarães Noc Noc. Esperam-se cerca de 20 mil pessoas no centro histórico da cidade berço, durante o fim-de-semana, onde estarão cerca de 300 artistas em 70 espaços inusitados. Um evento totalmente gratuito que nasceu pela mão da Ó da Casa e que vive da ajuda de voluntários.

Já faz parte da rotina outonal de Guimarães. Em dois dias, casas, ateliers, ruas e espaços comerciais e associativos da cidade abrem portas a trezentos artistas. Um trabalho que não seria possível sem os que escolhem viver o evento por dentro. Este ano são mais de 100 os voluntários.

“Todos temos profissões e nenhum de nós ganha dinheiro com isto”, começou por dizer à RUM Pepe Garcia, um dos fundadores do Noc Noc. “Ainda antes da primeira edição , pensamos no voluntariado e em envolver a cidade: as casas, os edifícios, os museus e as associações. Éramos quase todos professores e pensamos em envolver os nossos alunos, para que pessoas mais novas começassem já a entrar no mundo da arte. Com grande surpresa nossa,  gente de todas as idades começou a querer participar”, revelou.

A sinalética, que orienta os visitantes pelos espaços a visitar, está a cargo de dois Designers gráficos e ilustradores do Estúdio “o Alfredo é Fixe”. A artista (e voluntária) Carolina Cordeiro explicou que a ideia foi aproveitar o conceito do Noc Noc: as portas abertas para todos entrarem. “Daí nasceram as caixas para os passarinhos, que são colocadas às entradas dos edificios. Da mesma forma que as pessoas podem entrar de livre vontade nas casas, os passarinhos também o fazem nessas caixas”, comparou.

Quem se voluntariou já pela segunda vez é a professora Sofia que encara a experiência como algo “diferente” por ser sempre uma surpresa, onde as “expectativas são sempre altas”.

O roteiro compelto está disponível aqui.