Guimarães: vereadora da cultura acumula funções na Oficina

A vereadora da cultura em Guimarães, Adelina Pinto, vai acumular as funções exercidas anteriormente por Frederico Queiróz, na régie-cooperativa Oficina. O antigo Diretor de Planeamento e Controlo de Gestão da cooperativa deixou o cargo este mês. Simultaneamente, José Bastos deixou o cargo de director artístico, que foi assumido por João Pedro Vaz.
O vereador Ricardo Araújo, da coligação Juntos por Guimarães, questionou esta quinta-feira a maioria socialista sobre a não confirmação da saída dos dois directores, na anterior reunião camarária. Adelina Pinto assumiu hoje aos jornalistas que, no futuro, a estrutura da Oficina – que gere equipamentos como o Centro Cultural Vila Flor ou a Centro Internacional das Artes José de Guimarães – vai manter-se. “Vou acumular as funções. É uma forma de eu trabalhar mais próxima da Oficina”, justificou.
A responsável garantiu que o programa cultural praa este ano “está no terreno e pronto para ser implementado e a saída e entrada de pessoas não o afecta”, assegurou. A vereadora da cultura sublinhou ainda que a situação foi “normalíssima” e que o presidente da Câmara foi “apanhado de surpresa”. “O Presidente não sabia. Para mim, não era nenhuma situação catastrófica, já que nem houve divergências e foi pacífico. As instituições são assim mesmo: entram e saem pessoas”, referiu.
Do outro lado, o vereador Ricardo Araújo diz que “há algo estranho a passar-se na Oficina”, tendo em conta o atraso na passagem de informação entre a vereadora e o presidente da autarquia. “Acho absolutamente estranho que numa informação tão relevante quanto esta – a saída de dois dos dirigentes mais importantes da oficina – o presidente seja o ultimo a saber”, criticou.
Para o vereador, não chega o presidente dizer que a régie cooperativas tem órgãos próprios. “A Câmara é o cooperante maioritário e tem uma intervenção determinante nestes organismos. Mais estranho ainda é que uma das pessoas que saiu foi, até há três meses, vereador da cultura de Domingos Bragança”, ciritcou.
Ricardo Araújo diz esperar que “a estabilidade regresse a Oficina” e que a saída dos dois membros não represente uma diminuição de importância que a Câmara está a atribuir ao sector da cultura em Guimarães”.
Áudio:
Adelina Pinto explica que a estrutura da Oficina vai manter-se:
