“Guimarães vive bem sem a Águas do Norte”

“Guimarães vive bem sem a Águas do Norte”. A afirmação é do autarca Domingos Bragança, que foi esta quinta-feira confrontado, em reunião de Câmara, com o encerramento da delegação da empresa pública em Guimarães.

Para o autarca, a deslocalização da empresa, instalada no Estádio D. Afonso Henriques, “não é drama nenhum”. Por esta altura, já cerca de 20 trabalhadores foram transferidos para a delegação de Barcelos e a sede em Vila Real.

O tema foi introduzido pelo vereador André Coelho Lima, da coligação Juntos por Guimarães, que lembrou que a Câmara Municipal, vendeu a sua participação social na Águas do Norte em 2015, o que deixa a autarquia “sem voz”. “É, de facto, uma grande perda para nós. Numa votação que não teve nosso voto favorável, Guimarães deixou de ter poder reivindicativo para poder contestar esta decisão. Ainda que fosse uma participação de 1 ou 2%, não condicionaria as estratégias de gestão, mas obviamente teria voz”, sublinhou.


O vereador da coligação Juntos por Guimarães criticou o “silêncio” da actual autarquia, na pessoa de Domingos Bragança, que, defende, “é um presidente da Câmara que não consegue defender Guimarães”. “O que é absolutamente surpreendente é o silencio é a eventual saída ser pública há cerca de duas semanas e não haver uma única declaração, pressão politica e pública sobre quem toma estas decisões”, criticou.


Na resposta, o presidente do município vimaranense, Domingos Bragança, disse que já reuniu com o Ministro do Ambiente, lembrando que a sua preocupação é com a VIMÁGUA , a quem preferia entregar o saneamento em alta.

“O que eu sei é que a Águas do Norte não vai despedir ninguém”, lembrou. “VIMÁGUA é que é a nossa preocupação, que trata da água em baixa e alta e o saneamento em baixa. Por muita pena minha é que o saneamento em alta não está na Vimágua”, admitiu.

A concessão do saneamento em alta à Águas do Norte por parte de Guimarães e Vizela está contratualizada para mais cerca de 20 anos e a VIMÁGUA não possui, actualmente, as infraestruturas necesárias para tratar do saneamento em alta.

Em reunião com o Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, este terá lembrado que, por a Águas do Norte ser uma empresa, “tem os princípios de racionalidade económica de uma empresa”.  

Domingos Bragança sublinha que se trata “apenas” de uma deslocalização de uma empresa e de cerca de 20 trabalhadores. “Era bom que não houvesse essa deNorte operam em todo o Norte de Portugal e há concelhos com mais importância para a empresa”, admitiu.


Áudio:

As críticas de André Coelho Lima e a resposta de Domingos Bragança:

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv