“Há atletas do ABC que só conseguem estudar graças à parceria com a UM”

A parceria entre o ABC e a Universidade do Minho tem dado resultados positivos a nível desportivo, com a conquista de vários títulos, tanto por parte do clube, como pela equipa universitária. No entanto, a sinergia vai além disso, segundo Fernando Fernandes, que no programa RUM(O) DESPORTIVO, emitido na última sexta-feira, destacou a importância da forma como tem sido “promovida a carreira dual”.


O conjunto feminino do clube é composto por andebolistas de vários pontos do país. Fernando Fernandes, treinador da equipa, confessa que “há algumas atletas do ABC, originárias de famílias com problemas financeiros, que só conseguem estudar graças à parceria com a UM”. O presidente Rui Silva acrescenta que “muitas jogadoras pretendem ir jogar para Braga porque querem estudar na universidade”, destacando a relevância que esta cenário tem para as duas entidades.

A equipa feminina do ABC encontra-se esta época em estreia na primeira divisão e a formação de andebol da AAUM do mesmo género conseguiu a melhor prestação de sempre nos Campeonatos Nacionais Universitários, realizados este ano em Guimarães, com um segundo lugar. Fernando Fernandes, obreiro desses resultados, justifica-os com “a aposta cada vez mais forte do clube no feminino” e com “o maior compromisso das jogadoras”, que agora “olham para o andebol de outra forma”.

No lado masculino, o conjunto da AAUM, formado por um número considerável de atletas do ABC, sagrou-se, mais uma vez, campeão nacional universitário. O presidente lembra que, na época passada, “todos os atletas da equipa senior masculina do ABC eram licenciados ou frequentavam o ensino superior”.

“Os jogadores percebem desde muito cedo que o andebol não é o futebol, que não dá milhões e que têm de apostar noutra carreira para além do desporto”, acrescenta, referindo também que há a “preocupação do clube em marcar os treinos para horas em que dê para conciliar com os estudos”.

A parceria entre o ABC e a Universidade do Minho, criada em 2012, engloba reservas de lugar para os atletas nas residências e apoio financeiro nas propinas e na alimentação. Rui Silva não esconde que isso “tem alguns custos” para as duas entidades, mas considera que “é sempre um bom investimento para a vida dos jogadores”, no sentido de “promover a carreira dual”.

TBG

Redação
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