Há falta de técnicos na APAV de Braga

O presidente da concelhia do CDS de Braga, Altino Bessa, esteve reunido esta segunda-feira, ao final da tarde, com responsáveis do gabinete de Apoio à Vítima (APAV) em Braga. Do encontro, o centrista adiantou que os responsáveis da APAV manifestaram que há falta de técnicos especializados para dar resposta à acção da instituição.

“Quisemos perceber as dificuldades que a APAV encontra do ponto de vista logístico e de actuação. Aquilo que a APAV nos identificou como uma prioridade é a falta de recursos humanos para poder dar resposta às inúmeras solicitações que tem. Para esses recursos especializados, que são escassos, existe a vontade de procurar, junto da Câmara Municipal, o estabelecer de um protocolo que apoie directamente ou através de recursos financeiros”, esclareceu.

O também vereador na Câmara Municipal adiantou que há cerca de 20 voluntários na APAV de Braga e apenas um funcionário a tempo inteiro. O centrista revelou que a Associação quer mais um funcionário a tempo inteiro na área da psicologia.

Altino Bessa revelou que o campo de actuação do gabinete da APAV de Braga estende-se todos os concelhos do distrito. Reconhecendo que a capital de distrito tem maior responsabilidade na actuação da instituição, deixou um aviso aos restantes municípios da área. “Há que encontrar uma fórmula que permita dar resposta às inúmeras solicitações nos vários concelhos. A não resposta, por vezes, pode causar danos irreparáveis, com vítimas mortais”, apelou. No seguimento da ideia, o centrista falou ainda da necessidade de “haver maior proximidade entre as freguesias e as associações”. “Muitas vezes são os agentes locais que têm um primeiro contacto com as realidades”, assinalou.

Já morreram 13 pessoas vítimas de violência física

A violência doméstica já vitimou em Portugal 13 pessoas (12 mulheres e uma criança) em 2019. Para Braga, Altino Bessa adiantou que os dados oficiais vão ser apresentados no final de Março. O mais preocupante, ressalva, “é o crescimento do número de vítimas nos últimos três anos”.