Há um Pedido de Informação Prévia para a Confiança

No final da reunião descentralizada do executivo bracarense, que teve lugar no Edifício da União de Freguesias de S. Pedro e S. Mamede esta segunda-feira à tarde, o vereador da CDU alertou para a existência de um Pedido de Informação Prévia (PIP), endereçado por uma entidade privada, com interesse em investir na antiga Fábrica Confiança. 

Um PIP  permite ao requerente, mesmo não sendo proprietário do terreno, saber da sua edificabilidade e conferir-lhe direitos. Trata-se de um instrumento importante quando está em causa a viabilização de projectos imobiliários por entidades financeiras.

Na óptica do vereador da CDU, Carlos Almeida, é “no mínimo estranho” que depois de suspensão da hasta pública, devido à aceitação de uma providência cautelar interposta por um grupo de cidadãos, apareça um PIP com o intuito de “instalar na Fábrica Confiança uma residência universitária de luxo”. O vereador da oposição garantiu que “não ficou esclarecido com as respostas dadas pelo presidente da Câmara”. 

A CDU acusa o executivo de “ser conduzido em função do interesse privado” em vez de valorizar os seus activos e interesses dos bracarenses. Para a oposição esta é uma forma de o promotor “antecipar e atalhar caminho para consolidar compromissos e direitos adquiridos”.

Ora, também o vereador do PS, Artur Feio, vê de forma negativa este pedido de informação prévia. O socialista descreve este processo como uma “trapalhice imobiliária” e afirma que o executivo de Ricardo Rio está a perder uma oportunidade de “chamar mais jovens para Braga”. Artur Feio sublinha que o caminho deveria ser feito em parceria com  Universidade do Minho. “A Câmara devia preocupar-se em proporcionar melhores soluções de habitação a preços baixos e mais competitivos, em vez disso vai-se envolver num negócio de especulação imobiliária”, defendeu.

Em resposta, o edil bracarense declara que “não se trata de um complexo de luxo”, mas sim de “uma residência estudantil privada”, como muitas outras que foram colocadas em cima da mesa durante o período de discussão da alienação. Ricardo Rio explicou que esta entidade privada, para além de adquirir o imóvel, terá de proceder à reabilitação e infra-estruturação do mesmo, ou seja, “um investimento de 8 a 10 milhões de euros de despesa”. O autarca destaca que Braga tem falta de ofertas nesta área, e que por isso “todas as ofertas são bem-vindas, sendo que um projecto dessa natureza seria uma excelente solução para aquele local”, considerou. 

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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