Hasta pública da Confiança suspensa pela segunda vez

EM ACTUALIZAÇÃO

Está suspensa a hasta pública da Confiança que estava agendada para esta terça-feira. A informação foi adiantada à RUM ao final da tarde desta segunda-feira. A providência cautelar foi interposta pelo Ministério Público.

“A Câmara Municipal de Braga foi hoje notificada por um Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal para responder, num prazo de 10 dias, a uma nova Providência Cautelar ali interposta referente ao processo de alienação da Fábrica Confiança, o que determina, no imediato, a suspensão da hasta pública agendada para as 10h00 de amanhã, dia 30 de Abril de 2019”, informa fonte municipal em comunicado.

Entretanto a Plataforma Salvar a Fábrica Confiança já reagiu em comunicado, dando nota de que a providência cautelar foi interposta pelo Ministério Público que “tem solicitado medidas cautelares em casos de risco para o Património Cultural tal como sucedeu no caso do leilão da colecção Miró em 2015. O Artigo 9º da Lei de Bases do Património Cultural estabelece que «Sem prejuízo da iniciativa processual dos lesados e do exercício da acção popular,compete também ao Ministério Público a defesa dos bens culturais e de outros valores integrantes do património cultural contra lesões violadoras do direito, através, nomeadamente, do exercício dos meios processuais referidos no n.º 1 do presente artigo.»


Entretanto estão em curso em Tribunal duas acções interpostas por cidadãos no âmbito da acção popular a que se junta esta terceira do MP.

A autarquia bracarense assegura que “assim que seja conhecida uma decisão sobre a Providência Cautelar será o procedimento de hasta pública retomado, nos termos e na medida em que a decisão judicial o permita”, à semelhança da última vez.

Recorde-se que esta é já a segunda vez que a hasta pública é suspensa por via de uma providência cautelar.

“A Câmara Municipal não pode controlar estas acções, mas vai contestar e aguardar pelo mesmo desfecho da anterior” – Ricardo Rio


Contactado entretanto pela RUM, o presidente do município, Ricardo Rio explicou que “a Câmara não pode controlar as acções interpostas por cidadãos ou entidades. Apenas contestar e aguardar que, como aconteceu no primeiro caso, a justiça valide a sua posição”.

Questionado sobre o facto de se tratar de uma acção interposta, desta vez, pelo Ministério Público, o autarca reagiu dizendo apenas que os argumentos são os mesmos da plataforma cívica.

Ricardo Rio diz ainda estar confiante numa resposta igual à da última providência, confirmando que vai insistir numa nova hasta pública e dando nota de que não acredita que estas situações possam fazer desistir eventuais interessados na compra da antiga fábrica situada na Rua Nova de Santa Cruz.

Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv