“Hoje, os Encontros da Imagem devem ser do Norte e não apenas de Braga”

O Director dos Encontros da Imagem quer fazer uma candidatura conjunta do Quadrilátero Urbano para o Festival Internacional de Fotografia e Arte porque “hoje os Encontros não devem ser de Braga, devem ser do Norte do país”. A ambição foi revelada em entrevista ao programa da RUM, Campus Verbal, ontem à noite.


À margem da apresentação da 29ª edição, que arranca este fim-de-semana, Carlos Fontes afirma que o evento deve estar ainda em mais espaços das cidades do quadrilátero urbano e do Porto, onde chegou nos anos mais recentes.

Aos microfones da Universitária, Carlos Fontes defende  que este mês e meio dos Encontros seja dedicado “única e exclusivamente à fotografia” em qualquer espaço “para que quando as pessoas forem ver exposições só tenham exposições de fotografia”. “E se isto pudesse ser alargado num programa mais consertado, porque não também pensar com Serralves que podia também incluir na sua programação neste período, algo ligado à fotografia”, explicou em tom de desafio o director. Carlos Fontes afirma que “seria importante para todos e para a fotografia”.

Associação já fez candidatura à DGArtes para o biénio 2020/2021 que está em fase de avaliação

Carlos Fontes revelou também na RUM que a associação Encontros da Imagem fez uma candidatura à DGArtes para o biénio 2020/2021, o que poderá permitir esse projecto mais alargado com uma candidatura posterior do Quadrilátero Urbano. “Porque não pensar num projecto de candidatura do Quadrilátero aos Encontros da Imagem? Penso que fazia todo o sentido. Começaram em Braga mas não têm que ser de Braga”, vinca. Questionado sobre essa ser uma possibilidade para a trigésima edição, Carlos Fontes revelou que a associação já fez uma candidatura para o biénio 2020/2021, que já passou à fase seguinte e está agora em avaliação. “Se formos contemplados permite-nos com mais tranquilidade fazer uma programação pensando já a dois anos, e aí sim, pensar num projecto muito mais ambicioso e muito mais articulado”, continuou.

O Festival internacional de Fotografia e Arte arranca na próxima sexta-feira e vai decorrer nas cidades de Braga, Guimarães, Barcelos e Porto. Este ano, ao contrário do anterior, Famalicão não faz parte do roteiro. Carlos Fontes confessa que pretendia abranger todo o quadrilátero e ir ao Porto, mas “da parte da autarquia (Famalicão), das duas vezes que se fez uma extensão, “os espaços não eram considerados espaços fundamentais para os próprios Encontros”. Ainda assim, o director espera que seja possível regressar na edição do próximo ano, com outras condições disponibilizadas pelo município famalicense.

A inauguração das exposições vai prolongar-se por todo este fim-de-semana. “What Now?” é o tema de 2019. São mais de três dezenas de exposições espalhadas por espaços bracarenses como o Museu da Imagem, Nova Galeria do Largo do Paço ou Mosteiro de Tibães, assim como na Galeria do Teatro Gil Vicente (Barcelos), o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (Guimarães), ou o Mira FÓRUM (Porto). Os Encontros da Imagem prolongam-se até 27 de Outubro.

Elsa Moura
Elsa Moura

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