Hospital de Braga sensibiliza para o cancro da mama

Todos os anos, em Portugal, são detectados 6000 novos casos de cancro da mama. Só na região Norte contam-se 1.400. Prevê-se que uma em cada oito mulheres portuguesas vá desenvolver cancro da mama. A deteção precoce é o primeiro passo para um final feliz.

Outubro é, por excelência, o mês dedicado à prevenção do cancro da mama.

O Hospital de Braga realiza ao longo desta sexta-feira várias acções para sensibilizar para a doença.

A enfermeira da unidade de senologia, Paula Costa, esteve a alertar para um diagnóstico precoce e adianta que as principais dúvidas prendem-se com a altura em que “devem fazer o exame”. “Geralmente vêm com uma noção errada do que é fazer uma apalpação da mama, que não consiste só em apalpar, também têm que visualizar”, acrescenta.

Uma conversa com a psicóloga Cristiana Lopes e um “Chá Rosa” permitem às pessoas que venceram a doença dar o seu contributo e testemunho a doentes que a ultrapassam actualmente.

Uma das inciativas em destaque é o workshop de auto-maquilhagem, uma vez que, como explicou a enfermeira, “a parte física e o aspecto são o que mais as preocupa”.

Mais do que a dor do tratamento, confidenciou Paula Costa, “as lágrimas caem porque lhes cai o cabelo”. “Tentamos ajudá-las e encaminhá-las pra os serviços de próteses capilares e ensinamos a parte das sobrancelhas”, exemplificou.

Embora não “haja evidências científicas que comprovem que levar as coisas de uma forma positiva” ajuda na cura, a verdade é que “há evidências práticas que mostram que as doentes que levam as coisas de uma forma mais positiva” têm melhores resultados.

O cancro da mama afecta 1% dos homens, a quem “é mais fácil para detetar, porque têm menos tecido mamário, mas também é mais difícil para eles assumir que têm alguma coisa nessa parte”.

“O cancro da mama é hormonal e tem diversos factores, desde a obesidade, fazer contraceptivos muito cedo ou o tabaco”, esclareceu a enfermeira.

A deteção precoce e a prevenção são o primeiro passo para a cura, que chega a atingir, actualmente os 90%. E a prevenção passa pelos “hábitos de vida saudável e conhecer o próprio corpo”.

Paula Costa considera ainda que “as pessoas estão muito interessadas”, questionam, esclarecem dúvidas e acabam por passar a mensagem. 

*Por Liliana Oliveira