Hospital de Guimarães. SEP exige contratação de enfermeiros

O serviço do Hospital de Guimarães poderá ficar “ainda mais degradado” caso não sejam contratados mais enfermeiros. O aviso é do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que reivindica a contratação imediata de mais 60 enfermeiros para o hospital vimaranense. 


Esta quarta-feira, a propósito dos dois dias de greve de enfermeiros naquela unidade de saúde, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses realizou uma acção de luta em frente ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira com a exposição simbólica de 60 t-shirts brancas.


Guadalupe Simões, do SEP, frisou a urgência da contratação quando, a partir de 1 de Julho, forem aplicadas as 35 horas de trabalho semanal. “A situação vai agravar-se caso não sejam admitidos os 60 enfermeiros. Estão a reduzir o número de enfermeiros por turno,  os enfermeiros fazem 12 horas seguidas e trabalham sem períodos de descanso obrigatórios”, lamentou. A responsável garante que esta não se trata de uma situação pontual, ao contrário do que é defendido pela administração do Hospital de Guimarães. Aliás, Guadalupe Simões garante que há uma “carência estrutural” de enfermeiros.


Desta forma, “ou o Governo autoriza a contratação dos 60 enfermeiros que estão em falta para colmatar as cerca de 4 mil horas de cuidados que vão ser perdidos no hospital, ou então vão ter que diminui a capacidade assistencial do hospital, o que significa reduzir o número de camas ou encerramento de serviços”, prevê.


Adesão à greve ronda os 80% – SEP


A greve, marcada para os dias 13 e 14 de Junho, estará a contar com uma adesão de 80%. “O hospital está a aplicar bancos de hora ilegais, turnos de 12 horas ilegais que, associado à falta de enfermeiros, aumenta o cansaço dos profissionais”, criticou. 

A falta de enfermeiros tem um grande impacto nos internamentos de medicina, exemplifica Guadalupe Simões. “Neste serviço há a redução do número de enfermeiros por turno e tambémé  o serviço onde a taxa etária dos doentes é mais alta e as suas incapacidades são maiores. Os cuidados prestados nos serviços são colocados em causa quando temos pessoas mais idosas e carenciadas em termos de cuidados de enfermagem e o número de enfermeiros mais reduzido”, referiu.

Áudio:

Guadalupe Simões, do SEP, fala sobre as reivindicações dos enfermeiros.

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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